Torcida do São Paulo invade o CT do clube e agride dois jogadores

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LANCE – Bruno Grossi

Manhã deste sábado foi tensa no CT da Barra Funda, com protesto e agressão a Michel Bastos e Wesley. Ricardo Gomes e estrangeiros são defendidos dos manifestantes

A manhã do São Paulo foi tensa neste sábado. Por volta das 10h, cerca de 500 torcedores, segundo números divulgados por um sargento da Polícia Militar, invadiram o CT da Barra Funda para protestarem contra a diretoria e o time, que venceu dois dos últimos dez jogos no ano. A manifestação que começou pacífica, porém, registrou agressões a Michel Bastos e Wesley.

O protesto começo no portão principal do CT, apenas com cantos contra dirigentes e atletas. Até que, por volta das 11h, um grupo mais exaltado, formado basicamente por membros da Torcida Independente, conseguiu invadir o local, rompendo corrente feita por 30 seguranças particulares do clube e forçando portão automático, que ficou danificado.

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O São Paulo já havia pedido, na noite desta sexta-feira, reforço policial para o protesto e teve a solicitação respondida e registrada pelo 2º Batalhão de Polícia de Choque. No momento da invasão, entretanto, apenas quatro viaturas estavam no CT. Depois, o número subiu para 12, sendo somente três do lado de dentro. O Tricolor alega ainda que a torcida saiu por espontânea vontade, sem que os policiais tenham agido para removê-los.

Do lado de fora, a PM nega qualquer ocorrência, mas a equipe do canal ESPN por pouco não teve os equipamentos roubados. Torcedores organizados tinham ônibus à disposição para voltar a suas sedes e ainda utilizaram ônibus de linha, que continuavam circulando na Avenida Marquês de São Vicente mesmo com o bloqueio da CET. Os grupos entravam nos veículos dando socos na lataria e nas janelas e hostilizando os seguranças do vizinho Palmeiras.

“Em razão de possíveis protestos marcados pela Torcida Organizada Independente e outros torcedores, vimos por meio desta solicitar o imprescindível apoio da Polícia Militar – Choque para evitar ocorrências de ordem pública”, é um dos trechos do e-mail enviado pelo São Paulo à PM

Além da Independente, a organizada Dragões da Real e torcedores comuns também participaram da invasão. Alguns jogadores foram conversar com a torcida, que poupou e demonstrou apoio a eles e ao técnico Ricardo Gomes. O volante Hudson foi outro respeitado e que dialogou com os invasores, que agrediram Michel Bastos e Wesley e só não acertaram Carlinhos, que discutiu com a torcida na derrota para o Juventude, por intervenção de João Schmidt.

O São Paulo ainda registrou o roubo de 14 bolas, dez camisas de treino, um galão de água e cinco garrafas, ambos da patrocinadora Gatorade. Só um torcedor foi preso em flagrante, justamente por furtar uma das bolas. O Tricolor promete ajudar nas investigações para punir os torcedores que cometeram as agressões e os roubos.

3 COMENTÁRIOS

  1. Pessoal não podemos ser hipócritas, para nós que apenas observamos o ocorrido é fácil, agora, criticarmos a atitude de parte da torcida, mas a verdade é que não tem nenhum são paulino satisfeito com a diretoria e o time.
    O que aconteceu, mesmo que errado é sem dúvida a expressão de nossa insatisfação e indignação. Eu fiquei com vontade de dar na cara de alguns jogadores no fim da partida com o Juventude. A torcida sempre será passional.
    É importante contudo frisar, que não foi apenas um resultado ruim que levou os torcedores ao CT. O SPFC tem sido gerido nos últimos anos, e aqui incluo as gestões de JJ e Aidar, como o quintal da casa de um grupo que detêm o poder há muitos anos.
    Para dizer pouco: são avessos ás críticas ainda que bem construídas, insistem com pessoas que tem grande rejeição pela torcida, como o Ataíde, parecem que não sabem que o maior patrimônio de um Club é a sua torcida.
    Os jogadores também não podem ficar de fora desta conta. Mostram um desentrosamento absurdo em campo e já estamos no final de Agosto. Ah!… mais saiu o Ganso… Resumir um time da grandeza do São Paulo a um jogador é menospreza-lo.
    Tudo o que aconteceu mostra a todos que a crise está aí, não há como nega-lá mais. Só não acho que momento seja de nos dividirmos na base da porrada, é preciso que todos que desejam o bem do SPFC se unam para que soluções possam ser encontradas.

  2. Bando de marginais. Tá certo que as coisas não vão bem pro time esportivamente, mas esse tipo de atitude não tem sentido nenhum e não ajuda em nada. Protestar pacificamente ok, mas agressão e roubo é crime. Os culpados tem que ser identificados e punidos, presos. A nossa torcida tá cada vez mais ficando parecida com a do Corinthians.