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Perrone
Em reunião com o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, nesta sexta, noticiada pelo blog, Marco Aurélio Cunha acertou sua volta para o futebol tricolor, agora no lugar do executivo Gustavo Vieira de Oliveira, que caiu na última quarta.
Os desafios do novo dirigente remunerado vão além de recolocar o time nos trilhos. Ele terá também a missão de tentar abrandar a pressão política sobre Leco, que vive sob fogo cerrado da oposição e ultimamente recebia críticas até de membros de sua diretoria por manter Gustavo.
Ao contrário de seu antecessor, Marco Aurélio é profundo conhecedor da política são-paulina por ser conselheiro e apontado há anos como possível candidato à presidência. Pelo menos as ferramentas para tentar isolar o futebol da fogueira política ele tem. Por ser um colega de Conselho Deliberativo, em tese, terá mais facilidade para conversar com conselheiros e diretores descontentes do que Gustavo. O filho de Sócrates nunca teve missões políticas no clube e gostava de tocar seu trabalho sem muito papo com quem não era do departamento. Atitude, aliás, correta na opinião deste blogueiro.
Ao mesmo tempo em que tem perfil político, por ter atuado como médico e superintendente de futebol do clube, Cunha não é um alienígena no vestiário. Tem muitos amigos boleiros e sempre foi de chamar jogador para conversar em momentos de crise. Fez muito isso com o instável Adriano nos tempos do Imperador no São Paulo. Não falar a linguagem da boleirada era uma crítica dos cartolas a Gustavo.
Em sua volta ao CT da Barra Funda, Marco Aurélio terá testada toda sua habilidade para lidar com atletas. Apesar de negarem publicamente, integrantes da diretoria avaliam que o grupo está rachado e que há jogadores pouco comprometidos.
Assim, caberá ao coordenador de futebol feminino licenciado da CBF ser bombeiro no vestiário e na política.