LANCE – Marcio Porto
Foi no Independência, palco da partida desta segunda-feira contra o América-MG, que zagueiro viveu o melhor na temporada. Tricolor joga por trinca inédita na temporada
A história de Maicon no São Paulo está dividida entre antes e depois do Horto. Foi no estádio ao qual o Tricolor retorna pela primeira vez nesta segunda-feira às 20h, para encarar o América-MG, que o zagueiro deu aos são-paulinos a maior alegria de 2016. Retornar ao Independência é, de certa forma, reviver o tempo em que o torcedor era feliz e sabia.
No Horto, Maicon fez de cabeça o gol que colocou o São Paulo nas semifinais da Libertadores, mesmo com a derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG. Devolveu o orgulho ao torcedor, ferido nos últimos anos, e atingiu o patamar que fez a diretoria criar uma complexa e cara engenharia para comprá-lo do Porto.
Mas o tempo passou. Após a noite memorável no palco do embate de hoje, o São Paulo aguardou quase dois meses para disputar a semifinal da Libertadores, que saiu-se trágica para o zagueiro e capitão. Maicon foi expulso no jogo de ida contra o Atlético Nacional (COL), que logo depois abriu 2 a 0 na disputa e calou o Morumbi. O camisa 27, apelidado de Deus da Zaga, cumpriu suspensão no jogo de volta, que culminou na eliminação do Tricolor após derrota de 2 a 1. O clube e o zagueiro nunca mais foram o mesmo.
O próprio Maicon admitiu sua queda de rendimento após a a Libertadores. Caiu junto com o time, que passou a brigar contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Nesta segunda, o zagueiro volta de suspensão em busca da terceira vitória consecutiva pela primeira vez no ano. Mas, apesar dos altos e baixos, ele diz que fez a escolha certa ao acertar contrato de quatro anos com o clube.
– Mesmo com a fase que vive o São Paulo, minha primeira opção sempre seria o São Paulo. Estou muito feliz pela volta, claro que não estou satisfeito com esse ano. Queria brigar por títulos. Mas acredito que no futuro bem próximo o São Paulo voltará a ter o que o torcedor sempre espera. Minha passagem eu digo que está metade boa, que não me leva a nada se eu não ganhar títulos – avaliou.
Para quem ainda sonha com uma vaga na Libertadores, o Horto pode ser um divisor de água. E Maicon espera que desta vez para o bem.