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Marcelo Hazan
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira recusou convite para ser novo vice-presidente do São Paulo. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o convidou na semana passada e recebeu a resposta do advogado renomado nesta segunda-feira.
– Eu tomei a decisão: não vou aceitar. Não tenho condições pessoais por conta do escritório. Refleti muito. Estou com casos muito complicados. Vou prejudicar os clientes. Não quero ir para o São Paulo para fazer figuração. O clube está passando por uma crise. Queria, mesmo que timidamente, dar uma contribuição, mas não tenho condições pessoais. O convite foi muito honroso, mas nessa hora não foi bom – disse Mariz, que afirmou se tratar de uma decisão sem volta, ao GloboEsporte.com.
A recusa deixa aberto o cargo de vice-presidente geral do São Paulo, vago desde a saída de Roberto Natel. Mariz disse que não tinha uma indicação de nome para Leco e deixaria a decisão sobre a escolha nas mãos do mandatário. No momento, não há um plano B. O advogado pertence ao “Legenda”, mesmo partido político de Natel, que deixou o clube por querer concorrer à presidência em abril de 2017.
Foi no escritório do renomado advogado onde o ex-presidente Carlos Miguel Aidar entregou sua carta de renúncia há praticamente um ano, no dia 13 de outubro de 2015, quando deixou o cargo máximo do clube sob denúncias de corrupção. Na ocasião, Mariz foi uma espécie de intermediador das conversas que culminaram na saída de Aidar, de quem é amigo.
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira chegou a ser especulado como possível ministro da Justiça de um eventual governo de Michel Temer, antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele advoga há mais de 45 anos e é visto como um dos principais críticos da Operação Lava-Jato.