Ricardo Gomes cresceu na cotação dos dirigentes do São Paulo, mas seu futuro segue indefinido. Apesar da derrota para o América-MG por 1 a 0, é consenso que o time cresceu de rendimento e passou a ter um rendimento mais estável, tanto que venceu Fluminense, Ponte Preta e Corinthians, com direito a grande atuação e goleada por 4 a 0. Com os resultados, a equipe afastou o risco de rebaixamento e pode começar finalmente a planejar a temporada de 2017.
Uma coisa é fato: o desempenho da equipe nos quatro jogos que restam no Brasileirão, contra Grêmio (Morumbi, dia 17/11), Chapecoense (Chapecó, dia 20/11), Atlético-MG (Belo Horizonte, dia 27/11) e Santa Cruz (Pacaembu, dia 04/12) terá influência decisiva no futuro do treinador que, nos bastidores, convive com a sombra do ex-goleiro Rogério Ceni, que pode assumir o cargo no ano que vem.
Na análise dos dirigentes, o trabalho é satisfatório, Ricardo dá bons treinos e é querido pelos jogadores. Eles acham que o treinador só seria analisado de verdade quando pudesse trabalhar com um elenco mais qualificado nas mãos, o que será providenciado para 2017. Mas, ao mesmo tempo, preocupa e muito a imensa rejeição que o técnico sofre com a torcida.
Ele é vaiado nos jogos da equipe dentro e fora da equipe e, nas redes sociais. Quem não acompanha o dia a dia da equipe acha que Ricardo não consegue trabalhar direito pelos problemas de saúde que tem, hipótese descartada por todos os dirigentes do clube do Morumbi.
Caso Ricardo Gomes saia, dificilmente o clube pensaria em outra opção que não seja Rogério Ceni. Roger Machado, que deixou o Grêmio nesse ano, divide opiniões dentro do clube. Apesar de ter feito um trabalho no clube gaúcho no Brasileiro de 2015, ainda é considerado muito inexperiente. Ceni teria o mesmo problema, mas tem a seu favor o enorme apoio do torcedor são-paulino.