Técnico do São Paulo ignora pressão e vaias, e foca apenas no trabalho

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar

A goleada sobre o Corinthians marcou o 16º jogo de Ricardo Gomes à frente do São Paulo. Antes do time entrar em campo, a estatística era desfavorável ao técnico, que tinha seis derrotas, quatro empates e apenas cinco vitórias nesse curto período. Muito em função disso, o nome do comandante foi intensamente vaiado pela ampla maioria dos 53.781 torcedores que foram ao Morumbi assim que anunciado pelo alto-falante do estádio.

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“Eu, sinceramente, nem sabia. Você que me contou. Fato. O time estava em 12º. Normal”, minimizou o treinador ao ser questionado sobre a reação dos são-paulinos durante a entrevista coletiva após o jogo.

Talvez, se o nome de Ricardo Gomes fosse anunciado novamente, mas depois dos 4 a 0 sobre o Corinthians, os torcedores aplaudisse ao invés de vaiar. De qualquer forma, o técnico evitou qualquer tipo de desabafo tampouco aproveitou o momento favorável para externar uma sensação de alívio.

“Sinceramente, não tenho esse lado “pessoalmente”. Trabalho para o São Paulo. Eu vim de longe. Estou voltando para o São Paulo, não estou preocupado com a minha futura colocação. (Quero) fazer o melhor pelo São Paulo, que me deu de novo a confiança de me entregar o time, e fazer o melhor para o grupo, para os jogadores”, explicou, com o semblante calmo e sereno.

Neste cenário, Ricardo Gomes, que vive sob a sombra de Rogério Ceni, evitou planejar a próxima temporada e reforçou que o foco da equipe deve continuar no Campeonato Brasileiro, mesmo com apenas cinco jogos pela frente e sem uma aspiração por título ou vaga à Libertadores.

“Tem que pensar no próximo jogo. Mais uma vez teremos tempo para recuperação e treinos, consequentemente espero uma melhor qualidade do jogo. Essa é a minha busca. Depois eu penso em 2017”, encerrou.