Dassler Marques e José Eduardo Martins – Do UOL, em São Paulo
Fotomontagem: Érico Leonan/saopaulofc.net e Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Maicon e Balbuena, zagueiros do clássico deste sábado no Morumbi
Do lado são-paulino, Maicon forma a zaga com Rodrigo Caio. Já entre os corintianos, Fabián Balbuena jogará ao lado de Vílson. No clássico deste sábado (5) no Morumbi, entretanto, a realidade dos dois sistemas defensivos que vão a campo a partir das 19h30 (de Brasília) poderia ser exatamente oposta.
No meio do ano, Maicon foi o primeiro nome do Corinthians para substituir Felipe, vendido ao Porto-POR. Porém, a recusa do jogador e as dificuldades que envolviam o negócio fizeram os corintianos recuarem. Por R$ 22 milhões, logo depois, o São Paulo efetivou a compra tratada como presente aos torcedores. Já Balbuena, em fevereiro, teve a oportunidade de fazer o caminho oposto e defender o rival. Assim como Maicon, pesou a palavra dada.
O duelo deste sábado também é oportunidade para ambos os jogadores darem uma guinada.
Embora seja o zagueiro corintiano mais assíduo do Brasileiro, Balbuena chegou a frequentar a reserva e não mantém o mesmo desempenho dos tempos de Tite, como boa parte do time. Pendurado, ele atua antes de se juntar à seleção do Paraguai nas Eliminatórias. Maicon, por sua vez, acabou como vilão na Copa Libertadores e não tem repetido as atuações convincentes do primeiro semestre.
Corinthians? Maicon disse ‘não, obrigado’
Em maio deste ano, quando o São Paulo tinha dificuldade para fechar a renovação do contrato de Maicon, o Corinthians resolveu tentar atravessar a negociação e fechar com o zagueiro, que até então deveria voltar ao Porto em julho.
Na ocasião, o Corinthians havia acertado a venda de Felipe ao Porto e definiu que Maicon seria o substituto ideal para ele. As possibilidades de um empréstimo e troca foram avaliadas, mas a direção corintiana concluiu que os valores eram proibitivos e que o são-paulino já havia feito sua escolha.
O então diretor executivo, Gustavo Vieira, foi a Portugal para comprar Maicon em definitivo. A estratégia era fazer com que o São Paulo passasse a ser a única opção para ele, que não tinha mais espaço no Porto. Além de recusar a oferta corintiana, o zagueiro também refutou investidas de Fenerbahce-TUR e Inter de Milão-ITA. Na época, deixou claro que gostaria de ficar no Brasil e no São Paulo.
“Fiquei muito tempo na Europa, longe da família. Todos sabiam que queria continuar, mas não dependia só de mim”, disse na época.