Clássicos paulistas seguirão com torcida única em campeonatos de 2017

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Gazeta Esportiva

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo comunicou nesta quarta-feira que os clássicos paulistas de todos os campeonatos de 2017 seguirão com torcida única. O titular da pasta, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que a medida vale para jogos entre Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos.

A decisão foi tomada após uma reunião que contou com representantes dos quatro clubes paulistas, da Federação Paulista de Futebol (FPF), do Ministério Público, do Tribunal de Justiça e das Polícias Militar e Civil. O encontro ocorreu na sede da secretaria.

Barbosa Filho declarou que a medida teve “excelentes resultados” e foi aprovada de forma unânime. “As torcidas se sentiram mais à vontade para levar família, esposa, namorada. É o maior clima de segurança”, afirmou, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo o secretário, o público nos clássicos aumentou após a aprovação da torcida única nos estádios. Barbosa Filho disse que 290.000 pessoas assistiram a estes jogos em 2015, enquanto 361.000 torcedores compareceram nas partidas deste ano.

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A torcida única nos clássicos valeria até o dia 31 de dezembro. A medida foi implementada em abril, após brigas entre torcedores de Corinthians e Palmeiras terem provocado a morte de um transeunte que foi baleado em frente à Estação São Miguel Paulista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A decisão foi uma resposta do então secretário de segurança pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, aos conflitos entre torcedores rivais. Moraes é o atual titular do Ministério da Justiça no governo de Michel Temer.

Paz entre torcidas – A manutenção da medida é anunciada dias após as principais organizadas de São Paulo terem firmado um pacto de paz nos estádios. A trégua foi aprovada pelos líderes das uniformizadas após a tragédia com o avião da Chapecoense, ocorrida em 29 de novembro.

Os organizados de Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos se encontraram na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, para prestar solidariedade aos mortos no desastre. Posteriormente, o canal de televisão Rede TV reportou que a Polícia Civil suspeita que o acordo de paz tenha sido uma ordem da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).