Aposentado sim, parado nunca. Esse é o lema do ex-lateral Zé Carlos que, após um período de quatro anos como secretário de Esportes em Nova Mutum (MT), decidiu voltar a sua terra natal Presidente Bernardes, no interior paulista, para ficar mais perto da família e buscar no Oeste Paulista uma nova oportunidade de continuar fazendo o que gosta: trabalhar com esporte. A vontade de voltar a estar no meio do futebol profissional é tão grande que o ex-São Paulo e atleta da seleção brasileira na Copa de 98 não descarta nem a possibilidade de se tornar treinador.
– A gente sempre estuda, né? Recebi um convite bem bacana perto de Nova Mutum, mas, para mim, já não compensa ficar longe da minha família. Então, se surgisse alguma coisa no interior paulista seria muito interessante. É uma proposta que eu estudaria sim. Essa possibilidade não está descartada. Temos que estar preparados para tudo – disse Zé Carlos.
Acostumado a ter uma rotina mais agitada, hoje, Zé Carlos leva uma vida tranquila. O ex-jogador toca alguns projetos pessoais e administra uma empresa no ramo da construção civil. Mas, no que depender dele, essa monotonia está com os dias contados.
– É o que eu gosto de fazer. Gosto de estar no meio do futebol, gosto de ensinar pelo menos um pouco daquilo que eu aprendi para os jovens, para quem gosta do esporte. Então, a gente fica no aguardo, vai que surge uma oportunidade aí para o ano que vem… vontade não me falta.
Jogos de fim de ano
Enquanto não recebe nenhuma proposta no interior paulista, o ex-lateral, hoje com 48 anos, mantém a forma física e, como sempre faz desde que se aposentou, mata um pouco da saudade da época de jogador no popular rachão aos fins de semana. Na última sexta-feira (16), Zé Carlos foi uma das principais atrações de um jogo beneficente, realizado em Bernardes, que teve a presença do também bernardense João Pedro, lateral-direito do Palmeiras, entre outros atletas.
– Quando se faz o que gosta, tudo é válido, e poder ajudar outras pessoas é muito gratificante. Então, a gente une o útil ao agradável e faz da nossa tradicional pelada de fim de ano uma festa beneficente para poder ajudar essas crianças que, de certa forma, se espelham na gente – destacou o ex-jogador, que também falou sobre o amor pelo esporte que o projetou mundialmente.
– Acho que cada um tem um propósito na vida. Um sonho, né? O meu sempre foi jogar futebol. Está no sangue. É como um dom. Quem é músico vai ser sempre músico, quem é médico vai ser sempre médico, então, você tem que ter prazer naquilo que você faz, e eu encontro isso no esporte.
Esse teve sorte…