UOL – José Eduardo Martins
Os sócios do São Paulo aprovaram neste sábado o novo estatuto do clube. A votação foi realizada no ginásio 4 do complexo social do Morumbi e confirmou o veredicto do Conselho Deliberativo, que, em novembro, foi favorável de maneira unânime ao texto.
A votação contou com a presença de 740 associados, número abaixo das expectativas da diretoria. 621 votaram pela aprovação, enquanto 117 foram contrários. Um associado votou em branco, outro nulo.
“”Demos um passo enorme e hoje vivemos o coroamento de um processo importante na história do São Paulo. O clube está absolutamente adequado a todas as exigências legais e aos reclames modernos de uma boa administração”, disse o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.
O estatuto só entrará em vigor depois das eleições presidenciais, em abril de 2017. De qualquer maneira, o sistema político do clube vai sofrer grandes alterações quando o texto for colocado em prática.
O estatuto foi redigido por nove associados que integraram uma Comissão de Sistematização. A ideia era modernizar o São Paulo evitar a repetição de escândalos que marcaram as últimas gestões.
Entre as principais mudanças estão o fim da reeleição presidencial, a profissionalização do presidente e dos diretores executivos, e a criação de um Conselho de Administração. Inspirado em modelos empresariais, o órgão contará com nove integrantes e será responsável por orientar e dar diretrizes de como deve ser feita a gestão do clube, além de aprovar atos.
A eleição para presidente também passa de abril para dezembro, a partir de 2020. Outra mudança cogitada no pleito é a participação de sócios ou sócios-torcedores. Porém, o mandatário eleito em abril de 2017 terá 12 meses para fazer um estudo sobre o assunto. Em 2023 o texto ainda deve passar por uma nova revisão.