O São Paulo não tem um camisa 9 capaz de arrastar multidões aos estádios ou de infernizar a zaga adversária com a simples aparição de seu nome na escalação. Então, o plano de Rogério Ceni é compartilhar os gols da equipe. O técnico quer ver muitos artilheiros.
É evidente que as conclusões tiradas depois de jogos-treino têm de ser relativizadas, mas nesse primeiro momento de observação, o objetivo foi cumprido: os 25 gols marcados contra três times norte-americanos saíram dos pés de 12 jogadores. O Tricolor venceu o amador Sarasota FC por 9×1 (clique aqui para ver os gols), depois fez 9×2 no Boca Raton (veja os gols), e, no último domingo, 7×0 em cima do Columbus Crew.
Gilberto, com quatro gols, foi o artilheiro da pré-temporada. Aparentemente, ele inicia o ano como reserva do argentino Chavez, que fez dois. São os dois centroavantes à disposição de Ceni, que gostaria de ter mais um, mas confia na dupla. E faz questão de levantar a bola de ambos.
Os atacantes de lado também colaboraram: Wellington Nem, Luiz Araújo e Neilton marcaram nesses jogos. Os meias Cueva e Shaylon também, assim como Cícero, que se apresentou nos Estados Unidos e, versátil, fez um gol de voleio, o primeiro do último domingo.
– O Santos tem muitos gols do Ricardo Oliveira, o Flamengo do Guerrero, podemos tentar achar uma maneira de ter o mesmo número de gols, só que distribuído em mais jogadores. Temos que conviver com a realidade – afirmou Ceni na sexta-feira.
A fase de jogos-treino acabou. Durante a semana que se inicia, o São Paulo terá atividades no CT da Barra Funda para aprimorar detalhes antes de estrear no Campeonato Paulista, domingo que vem, diante do Audax, na Arena Barueri.
Com séries de treinos de finalizações nos últimos dias, Ceni tentará, no estadual, seus primeiros gols em partidas “para valer”. No Torneio da Flórida, a equipe foi campeã depois de empates sem gols, contra River Plate e Corinthians, e vitórias nos pênaltis, por 8×7 e 4×3, respectivamente.