Rogério Ceni não sabe como vai evitar insatisfações por causa de cortes

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Gazeta Esportiva

 

O clima no São Paulo mudou muito em comparação com o ano passado. A boa convivência entre atletas e comissão técnica e o otimismo para a temporada são notórios. Mas, como já previa Rogério Ceni nos Estados Unidos, nem tudo será tão simples de administrar a partir do momento que a bola começar a rolar ou até antes, quando for anunciada a primeira lista de relacionados de 2017. O técnico não esconde que já está se preparando para possíveis insatisfações assim que os primeiros cortes forem inevitáveis. Se falta centroavante, na defesa sobra opção, o que é bom por um lado, mas pode ser muito ruim por outro.

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“Na zaga é a posição mais tranquila e ao mesmo tempo mais complicada pra mim, porque tenho sete zagueiros. É uma posição ingrata, porque muitos vão ficar fora do banco. E eu não gostaria de ter tantos jogadores fora de formação do campo. Mas não tenho o que fazer, esse desequilíbrio vem lá de trás”, se esquivou Ceni.

“Não tenho saída, tinha mais dois para trazer, que são o Tormena e o Kal (das categorias de base), mas ficaria inviável, porque ficaria com 9. Infelizmente, dois ou três vão jogar, mais dois no banco, dois vão ficar fora, provavelmente meio bravos comigo, mas é matemático”, justificou.

O comandante tricolor deve manter a linha com Maicon, Rodrigo Caio e Breno, deixando o camisa 3 com amis liberdade para avançar seu posicionamento. Com isso, Lugano, Douglas, Lucão e Lyanco disputarão duas vagas entre os suplentes. Lyanco segue com a Seleção Brasileira Sub-20, mas voltará no fim de fevereiro.

“No primeiro jogo, o Rodrigo fez a função de primeiro homem de meio, também um terceiro zagueiro. O João Schmidt também fez a função de primeiro. Estamos testando essas variações, para encaixar com os diferentes times que vamos enfrentar. É sempre bom poder contar com jogadores que fazem mais de uma posição num grupo enxuto como o nosso. Uma coisa bacana foi a estreia do Douglas, depois de seis meses, ninguém sabia como ele ia voltar de lesão, nem tinha visto ele. O Breno também foi bem em 45 minutos…”, disse Rogério Ceni, afim de apontar a dificuldade em decidir quem jogará e quem ficará de fora.

No gol a dúvida é uma só: Denis ou Sidão. Apesar de Sidão ter pego quatro pênaltis na Copa Flórida, Ceni quer manter Denis motivado. Por isso, apesar de ser uma indefinição aparentemente mais simples de se resolver, de novo o treinador se vê cauteloso para conter uma insatisfação e não deixar que esse sentimento contamine seu grupo, até agora homogêneo.

“Colocaria o Renan nessa disputa também, só não coloco porque faz duas semanas que ele teve a lesão, era pra ele ter jogado pelo menos 45 minutos nos jogos-treino, mas infelizmente sentiu essa lesão que vinha sentindo no ano passado. Não tenho pressa, os dois estão treinando bem, isso vai ser definido mais próximo do jogo, vou deixar eles se esforçarem ao máximo e na hora a gente vai definir. Vão ter que saber esperar”, avisou.

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