Por Marcelo Hazan
Wesley durante o treino do São Paulo no CT da Barra Funda (Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)
Wesley vive situação controversa no São Paulo. O jogador é contestado por parte da torcida e ao mesmo tempo bancado pelo técnico Rogério Ceni. Ele é o único dos três jogadores agredidos por parte da torcida na invasão ao CT da Barra Funda do dia 27 de agosto de 2016 que está no planos para esta temporada.
Michel Bastos ficou fora na reta final do ano passado, à época ainda com Ricardo Gomes, e se transferiu ao rival Palmeiras. Carlinhos, por outro lado, não foi relacionado para o Torneio da Flórida e treina separado, em busca de um novo clube.
O volante foi usado no segundo tempo dos jogos contra River Plate (semifinal) e Corinthians (final). Diante dos argentinos, ele bateu pênalti para fora, mas o Tricolor avançou de fase com vitória por 8 a 7 após empate no tempo normal.
O erro teve duas consequências: críticas de parte da torcida, e defesa de Ceni e do auxiliar Michael Beale. O inglês, inclusive, se confundiu ao falar em português no Twitter para elogiar Wesley e o chamou de “besta”, quando na verdade queria dizer fera. O escorregão foi prontamente corrigido.
– Fico feliz de o professor contar comigo e vou aproveitar da melhor maneira. Não é porque errou um pênalti que o mundo vai acabar. É um começo de trabalho, pré-temporada. Estamos ali para acertar. Infelizmente aconteceu. Paciência. O importante foi ter conseguido o primeiro objetivo lá. Sabemos que há muito a conquistar. Tem uns que assimilam mais rápido, outros menos. Mas daqui a pouco todos vão estar cientes do que tem de fazer – disse.
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Revelado pelo Santos e com passagens por Werder Bremen, da Alemanha, e Palmeiras, Wesley vê nos treinos de Ceni novidades em relação ao que viveu no futebol europeu.
– Na Alemanha havia trabalhos diferentes, mas não dessa forma. O futebol evoluiu muito. Tem muita coisa nova e isso nos deixa feliz. Todo dia é um trabalho diferente, nada repetido. E isso dá um prazer muito grande de sair de casa para treinar. Essa dinâmica é o que um jogador precisa. Tomara que continue assim – elogiou.
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Assim como enxerga novidades nos formatos dos treinos de Ceni, Wesley reconhece a cobrança intensa do comandante nas atividades.
– Vish, aí é difícil! Tem de ficar ligado, porque o homem (Ceni) cobra e sabe que só assim os resultados aparecem. Ele sabe disso porque parou há pouco tempo (fim de 2015) – disse, com bom humor.
Com Wesley nos planos, o São Paulo estreia no Paulistão diante do Audax, no dia 5 de fevereiro, na Arena Barueri. Antes, o time faz jogo-treino com o Columbus Crew, dos Estados Unidos, neste domingo, em Cotia.