Mauro Betting: Defesa indefensável. Audax 4 x 2 São Paulo

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Mauro Beting – UOL

O golaço de Pedro Carmona. O segundo do Audax. REPRODUÇÃO ESPN

Foi caro o ingresso. E saiu barato o final do jogo em Barueri. Quando o São Paulo mais apertava, levou dois gols de cara do vice-campeão paulista. Quando o Audax fazia bonito como foi belíssimo o segundo gol, o Tricolor empatou. E quando parecia que poderia virar, mais uma bola parada estancou a reação são-paulina. O quarto gol foi consequência de um time muito bem treinado e interessante quando joga com seriedade desde o campo dele. É o Audax do Fernando Diniz, com Felipe Alves, o goleiro, enfim se comportando e portando com seriedade. Contra um Tricolor que vai evoluir. Desde que não erre tanto atrás.

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Rogério começou melhor, com Luís Araújo, Nen e Cueva dando velocidade e apertando na frente. Mas na primeira das tantas pixotadas de Douglas e Buffarini, um belo gol de Marquinhos de canhota, o ala-meia-ponta-lateral-tudo do Audax. Não deu para o São Paulo se ajeitar e um gol sensacional com dois passes de calcanhar para Pedro Carmona. O armador do Audax que vinha até a própria área para pensar.
O São Paulo não se desorganizou com a desvantagem. Mas não se acertava. Nen saiu lesionado com 26. Cícero entrou. E o time se aprumou. Ele e Cueva (mais aberto) tentaram arrumar os espaços que a defesa do Audax deu. Chaves diminuiu. Ele mesmo empatou.
O atacante argentino é exemplo e modelo do momento tricolor. Quer fazer as coisas certas. Sabe o que precisa ser feito. Mas não sabe muito como fazer.

Perder para o vice-campeão paulista, com mando dele, ainda que sem torcida pelo boicote tricolor aos preços cobrados por Vampeta, numa situação em que todos saíram perdendo, não é desastre e nem demérito. É bom o Audax. É ótimo o Fernando Diniz. Mas numa semana em que já tem jogo decisivo pela Copa do Brasil não é fácil para Ceni. Ainda mais com problemas individuais nas laterais, no miolo de zaga, e na proteção à defesa do São Paulo.

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