Por que o São Paulo deixou Renê ir para o Flamengo?

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Pedro Cuenca

Em 2016, Rogério, também conhecido como ‘Neymar do Nordeste’, se cansou do banco de reservas do São Paulo e foi para o Sport. Por uma quantia de dinheiro, o clube pernambucano pegou o atleta por empréstimo até maio, além de 25% de seu passe e direito de compra ao final do empréstimo. Até aí, tudo bem. O que poucos sabem é que o Tricolor Paulista exerceu o direito de ter preferência na compra do lateral Renê, uma peça que nos interessa desde 2015, pelo menos.
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Ontem, porém, Renê assinou com o Flamengo e vai defender a equipe carioca no lugar que antes era ocupado pelo promissor Jorge. Até aí, tudo bem, afinal o Sport consultou o São Paulo após receber a proposta. O Tricolor, no entanto, optou por não exercer seu direito de compra e deixou uma boa oportunidade passar, mais uma vez.

No ano passado, o São Paulo tinha três opções para a lateral esquerda: o péssimo Mena, que voltou para o Cruzeiro (ainda bem!); o fraco Carlinhos, que se mandou para o Inter (ufa!); e o irregular jovem Matheus Reis, que foi para o Bahia. Se juntássemos os três, mal teríamos um jogador mediano, quanto mais em condições de ser titular de um tricampeão mundial. Hoje, não contamos com nenhuma dessas peças e, entenda, isso é muito bom.

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Melhor ainda, claro, seria uma reposição adequada. Reinaldo voltou de seu empréstimo após ter jogado em 2016 pela Ponte Preta. Nem sequer vestiu a camisa tricolor e foi emprestado para a Chapecoense. Ou seja, não ganhou uma chance, mesmo tendo feito um bom Brasileirão pela equipe do interior e, inclusive, após guardar um gol contra o São Paulo no Campeonato Paulista.

 

Dener Assunção, da Chapecoense, era um dos nomes mais cotados dentro do Morumbi, antes do trágico acidente com equipe catarinense no fim do ano passado. Inácio, que hoje poderia ser uma boa opção, foi negociado com o Porto naquela furada transição envolvendo Maicon e os 22 milhões de reais. Uma grande promessa da base que sequer atuou no time titular e não ajudou tecnicamente.

Para a ingrata posição, o Tricolor confirmou a compra de Júnior Tavares, menino da base que estava emprestado pelo Grêmio. Com apenas 20 anos, claramente ainda não ganhou a confiança de Rogério Ceni para ser titular do time profissional, então Buffarini está jogando improvisado na posição e Bruno é o titular da lateral-direita.

Por mais que Buffarini tenha ido bem como lateral-esquerdo no fim do ano passado e também na Florida Cup, a mudança de posição pesou no jogo contra o Osasco Audax. Perdido, errando passes, sendo pouco acionado quando avançava e com baixo aproveitamento de cruzamentos, o argentino claramente sentiu o peso de atuar no lado oposto do que está acostumado. Na direita, por exemplo, faria um papel melhor do que o sempre atrapalhado Bruno.

E aí voltamos a Renê, aquele que o São Paulo não quis. O lateral fez boas apresentações pelo Sport em 2014 e 2015, chamando a atenção de vários clubes brasileiros. Não foram poucas as vezes que seu nome esteve ligado ao Tricolor, mas as negociações nunca avançavam adequadamente. No ano passado, caiu um pouco, mas sempre foi constante.

Em um momento com poucas opções, o time não pode esnobar um atleta com potencial (Renê tem apenas 24 anos), principalmente perdendo para um rival da primeira divisão nacional. Enquanto isso, as buscas por medalhões caros continuam a todo vapor no Morumbi. Coisas que nunca entenderemos vindas dessa diretoria maluca.

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