Aos 32 anos e com 101 jogos pelo clube somando as duas passagens – a primeira entre 2011/12 e a atual desde o início do ano -, Cícero é um dos atletas mais experientes do elenco são-paulino. Na noite desta quarta-feira (1º de março), o incansável camisa 8 foi decisivo e comandou a classificação do Tricolor para a terceira fase da Copa do Brasil ao balançar as redes três vezes diante do PSTC-PR (4 x 2), no Estádio do Café.
O ‘hat-trick’ do meio-campista garantiu a vaga do São Paulo, que apesar do placar elástico não teve vida fácil para avançar no torneio nacional. Logo após o apito final, em Londrina, o jogador fez questão de levar a bola do confronto para casa para celebrar a sua atuação e a classificação do clube com o filho Enzo, de apenas quatro anos.
“Marcar três gols em uma mesma partida, sendo eliminatória, é um feito que nem todo mundo consegue. Um funcionário do PSTC quis a bola, mas é minha, fiz três gols (risos). Vou mostrar para meu filho quando ele acordar amanhã. Desde 2006 que eu não faço três gols na mesma partida, então estou muito feliz, principalmente com a vaga”, festejou o atleta.
À disposição em 98% dos jogos – atuou em 101 dos 120 duelos do Tricolor, além de ter ficado como opção 16 vezes no banco e cortado outras duas -, Cícero não pôde defender o São Paulo em apenas duas ocasiões: estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo – uma em 2012, contra o Linense e outra, contra o Novorizontino, na última rodada do estadual.
“Sempre tento ajudar os meus companheiros, esta é a minha meta quando entro em campo. E hoje saio de campo feliz, porque consegui fazer isso. Agora é dar sequência para ter resultado positivo, mas temos que melhorar. Estamos de parabéns pela classificação, mas estamos cientes de que precisamos evoluir. Em vários jogos a gente tem feito bastante e tomado muito. Não pode tomar dois gols de diferença. É um erro coletivo. Vamos em busca deste equilíbrio”, finalizou o artilheiro da noite, que foi elogiado pelo comandante.
“O Cícero é um homem-chave em qualquer equipe. Foi assim no Fluminense, no ano passado. Um jogador com 32 anos alia experiência, tem bom jogo aéreo, finaliza bem de fora da área. Não por hoje, mas pelos jogos que participou. Conseguimos sem custo de transferência. Ajuda os mais jovens, como Araruna. Se eu precisar, ele faz um segundo atacante. Pela amizade que temos ao longo do tempo, ele entende o que eu quero com ele”, avaliou Rogério Ceni.