Neste sábado, Palmeiras e São Paulo se enfrentam às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, em clássico válido pela 8ª rodada do Campeonato Paulista. Essa é atualmente uma das rivalidades mais quentes do país, principalmente pelas rusgas políticas de 2014.
Na ocasião, o então presidente tricolor, Carlos Miguel Aidar, provocou o rival depois do clube alviverde reclamar pela forma como o time do Morumbi conduziu a contratação do atacante Alan Kardec, que “pulou o muro” e trocou uma equipe direto pela outra.
Aidar chamou o discurso de Paulo Nobre, então mandatário palestrino, de “patético” e “juvenil”, e depois polemizou ainda mais, dizendo que o rival estava se “apequenando”.
“Isso demonstra o tamanho atual da Sociedade Esportiva Palmeiras, que ano após ano se apequena com demonstrações dessa natureza”, bradou. “O choro é livre”, completou.
Desde então, a inimizado se acirrou cada vez mais entre os vizinhos da Barra Funda.
A passagem de Aidar, que renunciou ao cargo ao cargo em 2015 após várias acusações de corrupção, aliás, conseguiu deixar a relação entre Palmeiras e São Paulo péssima nos bastidores, talvez no mesmo nível dos tempos de Corinthians x São Paulo com Andrés Sanchez e Juvenal Juvêncio no comando.
Até hoje os clubes não se “bicam”, apesar das coisas terem melhorado com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no comando tricolor. Apesar disso, a equipe alviverde só tem boas relações hoje com Santos e Corinthians – com quem inclusive faz ações conjuntas de marketing.
Para o clássico deste sábado, os dois times chegam em bom momento.
No Paulistão, a equipe do Palestra Itália vem embalada por duas vitórias (goleada por 4 a 1 na Ferroviária e triunfo por 3 a 1 sobre o Red Bull), contando com dois gols do atacante Miguel Borja, que foi carrasco são-paulino na semifinal da última Libertadores.
O técnico Eduardo Baptista, porém, deve usar um time misto na partida, e o colombiano ainda não está confirmado.
Já o São Paulo está invicto na temporada desde a derrota por 4 a 2 para o Audax, na estreia do Estadual. Desde então, são quatro vitórias e dois empates no Paulistão, sendo que um dos triunfos foi o imponente 3 a 1 em cima do Santos em plena Vila Belmiro.
Para a partida, os principais desfalques serão o goleiro Sidão e o zagueiro Maicon, lesionados, enquanto o meia Cueva, um dos detaques na temporada, deve atuar.
Neste sábado, Palmeiras e São Paulo se enfrentam às 16h (de Brasília), no Allianz Parque, em clássico válido pela 8ª rodada do Campeonato Paulista. Essa é atualmente uma das rivalidades mais quentes do país, principalmente pelas rusgas políticas de 2014.
Na ocasião, o então presidente tricolor, Carlos Miguel Aidar, provocou o rival depois do clube alviverde reclamar pela forma como o time do Morumbi conduziu a contratação do atacante Alan Kardec, que “pulou o muro” e trocou uma equipe direto pela outra.
Aidar chamou o discurso de Paulo Nobre, então mandatário palestrino, de “patético” e “juvenil”, e depois polemizou ainda mais, dizendo que o rival estava se “apequenando”.
“Isso demonstra o tamanho atual da Sociedade Esportiva Palmeiras, que ano após ano se apequena com demonstrações dessa natureza”, bradou. “O choro é livre”, completou.
Desde então, a inimizado se acirrou cada vez mais entre os vizinhos da Barra Funda.
A passagem de Aidar, que renunciou ao cargo ao cargo em 2015 após várias acusações de corrupção, aliás, conseguiu deixar a relação entre Palmeiras e São Paulo péssima nos bastidores, talvez no mesmo nível dos tempos de Corinthians x São Paulo com Andrés Sanchez e Juvenal Juvêncio no comando.
Até hoje os clubes não se “bicam”, apesar das coisas terem melhorado com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no comando tricolor. Apesar disso, a equipe alviverde só tem boas relações hoje com Santos e Corinthians – com quem inclusive faz ações conjuntas de marketing.
Para o clássico deste sábado, os dois times chegam em bom momento.
No Paulistão, a equipe do Palestra Itália vem embalada por duas vitórias (goleada por 4 a 1 na Ferroviária e triunfo por 3 a 1 sobre o Red Bull), contando com dois gols do atacante Miguel Borja, que foi carrasco são-paulino na semifinal da última Libertadores.
O técnico Eduardo Baptista, porém, deve usar um time misto na partida, e o colombiano ainda não está confirmado.
Já o São Paulo está invicto na temporada desde a derrota por 4 a 2 para o Audax, na estreia do Estadual. Desde então, são quatro vitórias e dois empates no Paulistão, sendo que um dos triunfos foi o imponente 3 a 1 em cima do Santos em plena Vila Belmiro.
Para a partida, os principais desfalques serão o goleiro Sidão e o zagueiro Maicon, lesionados, enquanto o meia Cueva, um dos detaques na temporada, deve atuar.
31 mil ingressos já foram vendidos de forma antecipada para o clássico.
- Há 75 anos, o início do ódio
Se a relação entre Palmeiras e São Paulo não é boa hoje, já foi muito pior no passado.
O ódio começou há exatos 75 anos, no Campeonato Paulista de 1942. Na ocasião, as equipes se enfrentaram pela penúltima rodada do Estadual e o time alviverde ganhou por 3 a 1, sagrando-se campeão paulista.
O duelo foi caracterizado pela “Arrancada Heroica”, em que o Palmeiras atuou pela primeira vez com seu novo nome, depois de ser Palestra Itália e Palestra de São Paulo – a agremiação teve que ser renomeada porque a Itália fazia parte do Eixo, e, portanto, era inimiga do Brasil na II Guerra Mundial.
Segundo lembrou o ex-goleiro Oberdan, em entrevista em 2012, a torcida tricolor vaiou o Palmeiras quando os jogadores entraram em campo carregando a bandeira do Brasil.
“Quando entramos no Pacaembu, mesmo estando com a bandeira do Brasil nas mãos, toda a torcida do São Paulo vaiou. Ficamos revoltados! Dissemos: ‘Não vamos perder o jogo de jeito nenhum. E deu tudo certo! Ganhamos e todo mundo chorou de alegria quando acabou o jogo. Assim, morreu o Palestra e nasceu o Palmeiras campeão”, contou.
A partida também ficou marcada pelo fato do São Paulo ter abandonado o campo aos 19 do segundo tempo, quando o placar já marcava 3 a 1, depois que o time tricolor não concordou com pênalti feito por Virgílio em cima de Og.
Em meio a muitas críticas, nasceu aí uma relação de ódio que perdurou por muitos anos entre os times.
“Entramos com uma garra danada naquele dia, principalmente por causa das vaias. Fomos para o intervalo vencendo por 2 a 1 e fizemos o 3 a 1 no começo do 2º tempo. Depois, ainda tivemos um pênalti e o jogo podia virar goleada, mas o Luisinho (jogador do São Paulo) pegou a bola na mão e não nos deixou bater!”, riu Oberdan, que ainda refutou as reclamações de que o árbitro Jaime Janeiro Rodrigues seria torcedor palestrino.
“Eles (atletas do São Paulo) falavam que o árbitro era palmeirense, mas ele era são-paulino! O Virgílio (jogador do São Paulo) fez o pênalti no Og Moreira, sim, e o juiz apitou certo, mas o Lusinho não deixou a gente bater de jeito nenhum. Depois desse dia, os torcedores do Palmeiras gritavam sempre ‘Fujão! Fujão!’ para os são paulinos”, encerrou.
FICHA TÉCNICA
Palmeiras 3 x 1 São Paulo
Torneio: Campeonato Paulista de 1942 – 2º turno
Data: 20 de setembro de 1942, domingo
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo-SP
Árbitro: Jaime Janeiro Rodrigues
Publico: Não disponível
Renda: 231 contos e 239 mil réis
GOLS
PALMEIRAS: Cláudio, aos 20, e Del Nero, aos 43 minutos do primeiro tempo; Echevarrieta, aos 15 minutos do segundo tempo
SÃO PAULO: Waldemar de Brito, aos 23 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Oberdan; Junqueira e Begliomini; Og Moreira, Zezé Procópio e Del Nero; Cláudio, Waldemar Fiúme, Echevarrieta, Villadoniga e Lima Técnico: Armando Del Debbio
SÃO PAULO: Doutor; Piolim e Virgílio; Silva, Lola e Noronha; Luizinho Mesquita, Waldemar de Brito, Leônidas, Remo e Pardal Técnico: Conrado Ross
- No agregado, 9 a 1 para o Palmeiras no Allianz
O clássico deste sábado será no Allianz Parque, estádio palmeirense que foi inaugurado em 2014 e que se tornou uma verdadeira “fortaleza” para os alviverdes contra os tricolores – assim como o Morumbi vem sendo para os são-paulinos contra os palestrinos.
Desde que a arena foi inaugurada, houve três “Choques-Reis” nela, todos com vitória palmeirense: 3 a 0 pelo Campeonato Paulista de 2015, 4 a 0 pelo Campeonato Brasileiro de 2015 e 2 a 1 pelo Campeonato Brasileiro de 2016. Ou seja, 9 a 1 no placar agregado.
Talvez o jogo mais lembrado seja o 3 a 0 em 2015, já que foi nesta partida que o meia Robinho, hoje no Cruzeiro, fez um gol quase do meio-campo, por cobertura, sobre o então goleiro Rogério Ceni, hoje treinador do rival – o lance valeu uma placa ao palmeirense.
Já o triunfo por 2 a 1 sobre os tricolores, de virada, foi um dos principais resultados do Palmeiras em sua arrancada rumo ao título nacional no ano passado. Chávez abriu o placar para os visitantes, mas os anfitriões viraram com os zagueiros Mina e Vítor Hugo.
Apesar disso, o São Paulo garante não temer o estádio do rival.”Em clássico não há favoritos. É 50% para cada lado. Nossa equipe está em uma pegada boa e vamos ver se conseguimos fazer um grande jogo como fizemos na Vila Belmiro, contra o Santos”, opinou o meia Cícero, empolgado com o momento do São Paulo na temporada.
“Eu cheguei esse ano para encontrar desafios. O São Paulo não ganha há três jogos na Arena. A equipe está bem postada, preparada, jogando bem, mas é lógico que tem que respeitar o Palmeiras, que tem uma grande equipe. É um jogo grande, de igual para igual. Em uma partida tudo pode acontecer”, completou o canhoto, que vem em ótima fase.