Gazeta Esportiva
Depois que o Palestra Itália se transformou em Allianz Parque, o São Paulo já visitou o Palmeiras três vezes, e foi duramente derrotado em todas as oportunidades. Somando os clássicos desse período, foram nove gols alviverdes e apenas um tricolor (3 a 0, 4 a 0 e 2 a 1). Neste sábado, às 16 horas, o Choque-Rei voltará à nova casa palmeirense pela oitava rodada do Campeonato Paulista. É a chance dos são-paulinos colocarem um fim nesse tabu. Para isso, os jogadores se espelham no desempenho da equipe em outro clássico. Contra o Santos, nessa mesma competição, o time do Morumbi fez 3 a 1 no placar, de virada, em plena Vila Belmiro.
“A vitória contra o Santos e esse nove jogos (sem perder) nos dá muita confiança. Tabu é algo que fica para trás, à parte disso. Vamos entrar em campo para vencer e esperamos fazer um bom jogo. Se fizermos um bom jogo, da mesma forma como a gente vem jogando nos últimos jogos, teremos grandes chances de vencer”, avalia o zagueiro Rodrigo Caio, em discurso compartilhado por Cícero.
“Em clássico não há favoritos. É 50% para cada lado. Nossa equipe está em uma pegada boa e vamos ver se conseguimos fazer um grande jogo como fizemos na Vila Belmiro, contra o Santos”, opina o meia, empolgado com o momento do São Paulo.
“Eu cheguei esse ano para encontrar desafios. O São Paulo não ganha há três jogos na Arena. A equipe está bem postada, preparada, jogando bem, mas é lógico que tem que respeitar o Palmeiras, que tem uma grande equipe. É um jogo grande, de igual para igual. Em uma partida tudo pode acontecer”.
Se toda essa confiança der resultado dentro de campo, os comandados de Rogério Ceni não só colocarão fim ao tabu como também alcançarão uma marca expressiva. Desde 2013 o clube não chega a dez jogos seguidos sem derrota. Na última vez que a marca foi batida, o treinador era Muricy Ramalho.
À época, o São Paulo enfrentou a seguinte sequência: Vitória, Cruzeiro, Corinthians, Náutico, Bahia, Univ. Católica-CHI, Internacional, Atlético Nacional-COL, Portuguesa e Atlético Nacional-COL. Foram dois empates, contra Corinthians e o segundo duelo com o Atlético Nacional-COL, e oito vitórias frente aos adversários restantes no período de 5 de outubro à 6 de novembro daquele ano.
Nessa temporada, o Tricolor superou Moto Club, Ponte Preta, Santos, São Bento, PSTC-PR, Santo André e ABC-RN, e ficou no empate com Mirassol e Novorizontino.
Rogério Ceni defendeu o gol do São Paulo tanto no período de invencibilidade em 2013 quanto nos momentos difíceis no Allianz Parque – atuou nos dois primeiros duelos. Agora, como técnico, o ídolo maior da torcida tricolor viverá uma experiência inédita no sábado e terá a chance de dar uma alegria em dose dupla aos são-paulinos.
“O próximo jogo é sempre maior desafio, e o que passou é o mais fácil. As montanhas que você passou já ficaram para trás. Depois do Palmeiras, será outro desafio. Passado é só história. O que está para ser escrito é sempre mais difícil”, avisa Rogério Ceni.