O São Paulo lidará com o desconhecido na estreia da Copa Sul-Americana. Após encaminhar sua vaga às semifinais do Campeonato Paulista, o Tricolor enfrentará, às 19h15 (de Brasília) desta quarta-feira, fora de casa, o Defensa y Justicia-ARG, um time que joga num sistema diferente do encontrado pela equipe brasileira nesta temporada.
“Eles jogam no 3-5-2. Não encontramos, até agora, nenhum time no Campeonato Paulista que jogasse em um 3-5-2 bem definido. É um sistema diferente do que estamos acostumados e temos que preparar um time para isso”, avaliou o técnico Rogério Ceni.
Certo é que o treinador não poderá contar com os suspensos Maicon, Lugano e Wesley, além dos lesionados Cueva, Bruno, Sidão, Lucas Fernandes e Edimar. Isso, em um mês cheio de mata-matas, com boa possibilidade de semifinais de Paulistão e os duelos com o Cruzeiro pela Copa do Brasil.
Nesse cenário, o ex-goleiro admite que terá de promover mudanças táticas na sua equipe e adaptá-la ao rival argentino. “Vou ter de me adaptar, não mudar os jogadores que eu tenho na cabeça, mas sempre tentar me adaptar ao esquema de jogo do adversário”, explicou Ceni.
“Aliás, eu sempre procuro com que os adversários se adaptem ao meu esquema de jogo, mas às vezes, quando troca muito, você tem que repensar e analisar principalmente a disponibilidade de jogadores e a sequência de jogos futuros que a gente tem”, acrescentou.
Apesar do aspecto distinto, o Defensa y Justicia não faz boa campanha no Campeonato Argentino. Após 18 rodadas, o time do distrito de Florencio Varela, na Grande Buenos Aires, ocupa a 21ª posição entre 30 clubes, com 20 pontos.
No entanto, a equipe treinada por Sebastián Beccacece, ex-auxiliar de Jorge Sampaoli na seleção chilena, conseguiu recentemente uma série de quatro vitórias consecutivas, antes de perder para Huracán e Boca Juniors nas duas últimas rodadas.
“Vai ser um jogo bem difícil. Do pouco que eu vi até agora parece ser uma equipe muito bem acertada. Perdeu para o Boca Juniors por 1 a 0 no último jogo, mas jogou muito bem. Tem um futebol bem agressivo, de contra pressão, do jeito que eu gosto do futebol. É um desafio bastante grande para nós”, concluiu Rogério Ceni.