Além dos adversários, o São Paulo está enfrentando uma série de lesões neste primeiro semestre de 2017. No momento são seis os jogadores afastados por questões físicas: Sidão, Lucas Fernandes, Buffarini, Andres Chavez, Araruna e Wellington Nem. Desfalques que, para o técnico Rogério Ceni, não geram dúvidas acerca da competência do trabalho dos preparadores físicos do clube.
“Primeiro que a temporada começou em 4 de janeiro, são 100 dias de trabalho. Wellington Nem hoje está machucado com uma lesão de menisco (no joelho esquerdo). Se for analisar, os jogadores que foram às seleções, que a gente trabalha e cuida muito bem desses jogadores, casos de Buffarini e Cueva, voltaram lesionados”, começou Ceni, respondendo às perguntas da entrevista coletiva concedida após a vitória tricolor por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, na última quarta-feira, no Mineirão.
“Buffarini é muito exigido nos treinamentos da seleção argentina, porque aqui os treinos são bem dosados. Wellington Nem teve uma lesão muscular no começo do ano. Renan vinha de uma lesão do ano passado, uma fibrose na parte posterior da coxa”, acrescentou, minimizando a responsabilidade da preparação física.
À frente do comando da equipe desde o início do ano, Rogério Ceni não quis trocar os preparadores físicos da comissão técnica atual, que são José Mário Campeiz e Pedro Campos. Da relação de jogadores acima, apenas Sidão (lombalgia) e Lucas Fernandes (estiramento no posterior esquerdo) estão em fase de transição. O restante realiza tratamento no Reffis, menos Wellington Nem, que será submetido a uma cirurgia no joelho esquerdo nesta quinta-feira para corrigir lesão no menisco.
“Araruna teve um estiramento pelo excesso de jogos, mesmo sendo garoto. São três ou quatro nesses 100 dias de trabalho, bastante pouco. Nosso departamento de preparação física cuida muito bem de nossos jogadores. Wesley esteve parado por lesão de joelho, Maicon teve uma lesão de choque no tornozelo, com chute na sola do jogador do PSTC. Então musculares são três ou quatro, que é razoavelmente bom comparado a anos anteriores. Lembro de 30 lesões musculares por temporada”, esclareceu.
Um argumento do qual Ceni poderia ter se utilizado é o do apertado calendário nacional. Desde a estreia no Campeonato Paulista, em 5 de fevereiro, o técnico não teve sequer uma semana “cheia” de treinos para recuperar plenamente os jogadores e prepará-los para o compromisso seguinte. Desde então, o São Paulo disputou um total de 21 partidas sem ter o tempo adequado de descanso entre um jogo e outro.
E não será diferente nesta semana. Após a eliminação na Copa do Brasil, Ceni terá apenas três dias para preparar o time que enfrentará o Corinthians, no domingo, em Itaquera, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista, tendo a necessidade de reverter uma desvantagem de dois gols.
“Preciso ver os desgastes dos jogadores. Todo mundo quer jogar, mas agora temos um dia a mais para recuperar. Vamos tentar colocar os melhores, dentro da nossa característica, de jogar sempre para a frente, com posse de bola, criando chances de gol, situações pelo lado ou pelo meio conforme o adversário nos dá. Jogar para frente porque estamos perdendo o jogo por 2 a 0”, projetando o duelo com o rival que, assim como o Tricolor, foi eliminado da Copa do Brasil na quarta-feira.
“Vou analisar o Corinthians melhor, apesar de ter enfrentado duas vezes eles. E aí na sexta e no sábado começamos a pensar em uma maneira para sair na frente no jogo porque quando você sai na frente você cria uma atmosfera diferente, como fizemos aqui”, concluiu.