Lembra dele? Piris diz que faria “dupla perfeita” com Pratto no São Paulo

Hoje no Monterrey, do México, ex-lateral-direito do Tricolor relembra com carinho do tempo em que morou no Brasil e diz que Neymar era "piscineiro", o famoso cai-cai

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Piris São Paulo (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)
Piris corre em treino do São Paulo de 2011 (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

Piris + Pratto = dupla perfeita. É isso que pensa o lateral-direito que atuou entre 2011 e 2012 pelo São Paulo. Hoje no Monterrey, do México, o paraguaio Iván Piris relembra quando descobriu que seu nome no Brasil tinha um significado diferente e diz que não seria nada mau ter atuado com o atacante argentino no Tricolor.

– Iria ser uma dupla perfeita (risos). Seria muito legal jogar com o Pratto no São Paulo. Apesar de eu não acompanhar mais tanto o clube, sei que ele é um grande jogador. Quando cheguei ao Brasil, falaram que meu nome significava um prato para colocar debaixo da xícara. A maioria dos companheiros não falava meu nome direito. O certo é Piris, mas sempre diziam “Pires” – relembra o ala, aos risos.

Em espanhol, a tradução para pires é “platillo”. No caso de Lucas Pratto, as palavras são até mais parecidas: prato significa “plato” na língua dos hermanos.

Pelo São Paulo, Ivan Piris ficou marcado pelos duelos com Neymar. O craque, ainda no Santos, deu muito trabalho para o lateral-direito. Um dos duelos mais destacados foi pelo Paulistão de 2012. O paraguaio tomou cinco dribles e acabou derrubando o atacante no chão.

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– Foram momentos inesquecíveis. Neymar já era um grande jogador. Os treinadores pediam que eu o marcasse de perto, no mano a mano. Sempre tentei fazer. É muito difícil marcá-lo. Ele tem um drible e velocidade impressionantes. Sofri com ele. Antes, ele era piscineiro (expressão para “cai-cai”) e exagerava um pouco. É normal, tem que fazer isso às vezes. Hoje, acho que ele já tirou isso do seu dia-a-dia – diz Piris.

Dos amigos que fez no Tricolor, o paraguaio não esquece de Rogério Ceni. O goleiro teve importância na adaptação do jogador ao Brasil.

– Ele foi um grande capitão. Quando cheguei, me dei conta da humildade dele. Ele me ajudou a aprender português, o que deixou a relação mais fácil com os companheiros. Até me ajudou a procurar casa. Ele estava atento a tudo, dentro e fora de campo. O discurso dele era muito motivador. Isso foi algo novo para mim. No Paraguai, havia jogadores de boa qualidade, mas sabemos que Rogério é diferente dos outros.

Fã de pagode brasileiro, o lateral-direito diz sentir saudades do Brasil e não descarta voltar a jogar no país novamente. A adaptação, diz ele, foi fácil, o único problema foi o calendário do futebol local.

– Foi muito legal no Brasil, no sentido futebolístico e de viver em São Paulo. Sinto falta. Estava vivendo em uma zona muito boa, em Alphaville. Sempre caminhava com minha esposa pela cidade, íamos ao Parque Ibirapuera, fizemos safári. A única coisa que senti foi a sequência de partidas. Jogávamos a cada três dias. No Paraguai, era uma vez por semana. Foi difícil pegar ritmo de jogo, mas depois me acostumei.

Fonte – GloboEsporte.com

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