Zagueiro foi escolhido por Ceni para duelos de mata-mata contra Defensa y Justicia, no qual uruguaio estava suspenso, e Linense, no Morumbi. Qualidade na saída de bola é trunfo
O que seria difícil imaginar no início do ano hoje é realidade: Lucão é uma das primeiras opções de Rogério Ceni para a defesa do São Paulo. Depois da dupla Rodrigo Caio e Maicon, ele tem sido o escolhido como titular.
Isso pode se repetir nesta quinta-feira, contra o Cruzeiro, no Morumbi, pela Copa do Brasil, caso Rodrigo não se recupe das dores no tornozelo direito – o defensor sentiu diante do Linense, mas afirmou não ser nada grave.
Lucão, de 21 anos, superou inclusive Lugano, veterano e ídolo do clube aos 36 anos. Ao menos contra o Linense, no sábado, essa foi a opção de Rogério Ceni. O técnico também tinha Rodrigo Caio, Maicon, Douglas, Breno e Lugano à disposição. O técnico usou Lucão na defesa, ao lado de Maicon, e adiantou Rodrigo como volante. Douglas e Lugano ficaram no banco. Breno não foi relacionado.
A opção por Lucão se repetiu contra o Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana, na quarta passada – Lugano estava suspenso. Ceni optou por um sistema com três defensores, no qual inicialmente Breno jogou de líbero. Depois, Rodrigo Caio foi adiantado como volante, e Lucão formou dupla com Breno. Douglas seguiu no banco.
Coincidência ou não, o Tricolor não sofre gols há quatro jogos, dos quais dois com Lucão no time titular. Fruto do seu trabalho?
– Tenho ajudado. Não só eu. Todos juntos. O grupo está de parabéns pelas atuações – disse ele.
Um dos trunfos a favor de Lucão é a qualidade na saída de bola. Na filosofia de Ceni, os zagueiros e o próprio goleiro precisam ajudar na transição da defesa para o ataque. Esse tem sido um dos motivos para o comandante o escolher. Ceni, aliás, foi o responsável por bancá-lo no clube, após atuações ruins e erros grosseiros que fizeram grande parte da torcida se voltar contra o jogador.
– Acho que o primeiro de tudo: o São Paulo acreditou. O Rogério comprou a minha briga. Vamos colocar assim. Porque quando todos pensavam o contrário, diziam não, ele chamou a resposnsabilidade, bateu no peito e disse que eu iria ficar. Ele queria contar comigo e disse que iria me colocar pra jogar. Está acontecendo. O Vitória, o Santos e o Dinamo Zagreb me procuraram. Na verdade, todas essas propostas foram recusadas pelo São Paulo. No ano passado, a diretoria disse que não me liberaria; este ano, o Rogério também – disse Lucão.
A primeira chance em jogo oficial em 2017 foi contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, no dia 22 de março. Depois, o zagueiro jogou novamente contra o São Bernardo, em 29 de março, quando apenas reservas atuaram. Agora, ele foi usado em duas partidas de mata-mata (Sul-Americana e Paulistão), o que o credencia a ser opção de confiança.
– Só Deus, a minha família e os verdadeiros amigos, os mais próximos, sabem o que foi passado nesse um ano sem jogar. Tudo serve de aprendizado e experiência para hoje estar aqui. Tive muita paciência para esperar. Valeu muito a pena porque hoje estou colhendo os frutos de tudo o que passei.
Com contrato até junho de 2019, Lucão começa a ver a história mudar no São Paulo. Lugano tem vínculo até junho e o seu futuro é incerto no Morumbi.
Tem ido bem e merece um pouco de confiança e apoio da torcida, é o que temos para o setor.
Na verdade quando jogamos com Velhugano, Lucão e Douglas não jogamos com 3 zagueiros jogamos com 1, os tres juntos não valem por um zagueiro.