Técnico já escalou o time com um trio defensivo no domingo, repetiu o posicionamento em treino e dá indícios de que usará o esquema que lhe rendeu títulos na década passada
Foi com um trio de defensores na sua frente que ele conquistou, como goleiro e capitão, os títulos do Paulista de 2005, com Emerson Leão, a Libertadores e o Mundial de 2005, sob o comando de Paulo Autuori, e o tricampeonato brasileiro entre 2006 e 2008, que tinha Muricy Ramalho como técnico. Na época, Muricy até testou variações, mas a base era com três zagueiros.
A explicação para a mudança pode ser o jovem Éder Militão, formado na base e que estreou como profissional no domingo. O jogador de 19 anos atua como zagueiro ou volante, assim como Rodrigo Caio, e tem as características que o técnico crê ser fundamental para escalar três na defesa: velocidade e capacidade de alternar funções dependendo das condições do jogo.
Mas a semelhança com o sistema que lhe rendeu títulos na década passada para por aí. Se Leão, Autuori e Muricy usavam o 3-5-2, Ceni deve usar variações do 3-4-3, como preferem seus principais inspiradores: Jorge Sampaoli, argentino campeão da Copa América de 2015 pelo Chile, e Juan Carlos Osorio, colombiano que comandou Ceni no Tricolor em 2015 e que tem essa formação como ideal, mas pouco a usou no Brasil por falta de tempo para adaptação.
Contra o Cruzeiro, o próprio técnico disse ter usado o 3-4-2-1 e, como o treino de terça-feira foi fechado, não foi possível aos jornalistas detectar os detalhes do 3-6-1 com reservas. Mas é bem provável que, a partir da reapresentação do elenco nesta quinta-feira, após um dia de folga, também em movimentação sem a presença da imprensa, o trio de zagueiros seja testado com os titulares. Pode ser, enfim, a solução para proteger a defesa sem perder a força ofensiva.
O São Paulo volta a entrar em campo na segunda-feira, às 20 horas (de Brasília), no Morumbi, para enfrentar o Avaí, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.