Lesão precoce: o drama que dupla do São Paulo viveu e pode abalar Morato

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Atacante pode ter de operar depois de ter feito apenas uma partida pelo clube e receber elogios. Nos dois últimos anos, dois casos semelhantes e que não tiveram final feliz

Apresentação Morato e Marcinho

Bruno Grossi e Marcio Porto – LANCE!
Andrew Eric Feitosa, mais conhecido como Morato, 24 anos, vivia o seu melhor momento na carreira de futebol até se machucar no último sábado, em um jogo-treino do São Paulo contra o Oeste. O carrinho despretensioso culminou em uma torção no joelho direito. Muita dor. Tensão. Nesta terça-feira, um exame trouxe preocupação ainda maior: com suspeita de ruptura do ligamento posterior, e lesão no menisco, o jogador pode ter de passar por cirurgia e ficar até oito meses fora dos gramados.
O roteiro é dramático e triste, mas infelizmente não é inédito. Nos dois últimos anos, o São Paulo teve dois casos similares. Exemplos que, assim como pode acontecer com Morato agora, tiveram o sonho de brilhar em um grande clube interrompido por lesões. Aconteceu com o zagueiro Luiz Eduardo e o atacante Ytalo, que chegaram ao São Paulo ambos com 28 anos.
Em 2015, Luiz Eduardo foi contratado por empréstimo do São Caetano, então na Série D do Brasileiro, e com aval do técnico colombiano Juan Carlos Osorio. Sob desconfiança, fez bons jogos e chegou a marcar um gol. Mas, depois da nona partida, teve um edema ósseo no joelho esquerdo. Nunca mais voltou ao futebol.

A última partida do zagueiro-economista, apelido recebido pelo conhecimento sobre finanças, foi no dia 25 de outubro de 2015. Seu contrato com o São Paulo terminaria no fim do ano e foi renovado para ele se recuperar no Reffis. Ele deixou o clube após tratar da lesão, passou um tempo em Santa Catarina e chegou a concluir o tratamento no Corinthians. Hoje, está sem clube e não causa saudade no torcedor são-paulino.

A história de Ytalo é ao mesmo tempo surpreendente e breve. Também foi contratado em esquema de teste. Depois de um bom Campeonato Paulista pelo vice-campeão Osasco Audax, chegou por empréstimo até o fim do ano. A ideia era que, se agradasse, ficaria em definitivo. O início também foi bom, ganhando chances do técnico argentino Edgardo Bauza. Fez um gol importante na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro em Belo Horizonte pelo Brasileiro. O desempenho o credenciou a ser o substituto de Paulo Henrique Ganso, lesionado, na semifinal da Libertadores. Mas parou por aí.

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No dia 17 de julho de 2016, contra o Corinthians na Arena, Ytalo entrou em campo pela 13ª vez com a camisa do São Paulo. Numa disputa com o volante Elias, similar ao modo como Morato se machucou, ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito. Resultado: seis meses fora. A temporada estava perdida.

Assim como no caso do zagueiro, Ytalo seguiu tratando no Reffis e, no fim do ano, o clube renovou seu contrato por seis meses para emprestá-lo ao Audax como parte do pagamento do goleiro Sidão. Ou seja, tinha chegado ao fim sua trajetória no São Paulo. O sonho foi por água abaixo. O Audax acabou rebaixado no Paulista deste ano e agora Ytalo está sem clube.

Ainda há esperança para Morato. Como a região da lesão ainda está inchada e o jogador sente muitas dores no local, o exame de imagem não pôde ser definitivo. Por isso, ele seguirá em tratamento por uma semana antes de ser reavaliado. Se não precisar operar, ficará pelo menos dois meses fora. Como seu contrato de empréstimo vai até o fim do ano, ainda voltaria a tempo de tentar convencer os dirigentes de que merece uma chance.

Caso a cirurgia seja confirmada, ele terá de torcer por um roteiro diferente do que aconteceu no São Paulo recentemente.

1 COMENTÁRIO

  1. Claro que contusão acontece, porém no SPFC acontece demais, não só as graves mas também as menores. Faz tempo que nosso departamento de preparação física parece deficitário, nosso elenco nunca atinge um ápice de preparação, o time cansa no segundo tempo.
    Me corrijam se estiver errado, mas desde a demissão do Turíbio e Carlinhos Neves o time despencou.
    Nosso departamento de preparação física, fisiologia, fisioterapia e nutrição parecem não estar dando conta do recado.