José Eduardo Martins
O são-paulino não tem lembranças muito positivas em jogos recentes contra o Palmeiras. Nos últimos sete clássicos, foram cinco derrotas, um empate e apenas uma vitória. Para complicar ainda mais, três gols marcados pelos arquirrivais nestas partidas foram de cobertura – dois de Robinho em Rogério Ceni, e outro de Dudu em Denis.
Desta vez, o goleiro que guardará a meta tricolor diante dos rivais será diferente daqueles que viveram os traumas recentes. Neste sábado à noite, no Morumbi. Renan Ribeiro vai enfrentar pela primeira vez o Palmeiras em sua carreira. Para se firmar entre os titulares, ele superou a disputa interna com Denis, Sidão e Lucas Perri e transmitiu mais tranquilidade para a torcida.
“O Renan está à frente, tem participado dos jogos bem, não tem comprometido. Agora, é dar tempo ao tempo para se firmar mais e ganhar mais confiança”, disse o preparador de goleiros do São Paulo, Haroldo Lamounier, que viu uma diminuição na cobrança sobre os jogadores da posição nesta temporada.
“Procuro fazer o meu trabalho no dia a dia para deixá-los em condição boa, como tem acontecido. Vejo uma evolução boa, estão tirando a imagem negativa do ano passado, pela confiança que estão tendo agora da mídia, estão falando menos. Isso foi fruto do trabalho deles, no Campeonato Paulista, com boas apresentações”, afirmou Haroldo.
Gols de cobertura
Apesar de o São Paulo ter sofrido esses três gols de cobertura em partidas contra o Palmeiras, não está previsto nenhum trabalho específico para evitar que a cena se repita neste sábado.
“A gente trabalha dentro das informações que tem do Palmeiras. A forma como estudamos e trabalho é a mesma com Palmeiras, Corinthians… Não muda em nada, mas a gente pede para ter um pouco mais de atenção com jogadores habilidosos dos times baseados nessas informações”, contou Haroldo.
“Clássico é diferente, decidido em detalhe. Todos querem ver. Nós estudamos os rivais, estudamos o Avaí e estudamos o Palmeiras. Se Deus quiser, vamos conseguir fazer um bom jogo”, completou Renan Ribeiro.
“O Denis esperou e eu esperei quatro anos. Pude esperar e estou aproveitando da melhor maneira a oportunidade. A decisão é sempre do treinador. Quando for escolhido, vou dar o melhor”, afirmou Renan, que disputa a sua 13ª neste ano.
É a prova de fogo que o Renan precisa. Vai ser um bombardeio de todos os lados, fora os cruzamentos na área.
Vamos saber do que é capaz