Agente de Cueva pede respeito a meia no São Paulo ou “pensaremos em sair”

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Por causa de críticas, Ronald Baroni diz que meia peruano pode deixar o Tricolor se receber uma “oferta do nível” que merece, embora admita não haver propostas neste momento

Cueva treina no CT, observado por Rogério Ceni (Foto:  Érico Leonan/saopaulofc.net )

Em entrevista ao Uol, o agente de Cueva, do São Paulo, disse que o jogador peruano pode deixar o São Paulo caso receba uma boa proposta nesta janela de transferência.

– Se houver uma oferta do nível que Cueva merece, vamos embora – disse o empresário e ex-jogador Ronald Baroni, conterrâneo do meia tricolor, que admitiu não haver propostas neste momento.

Procurada pelo GloboEsporte.com, a diretoria tricolor optou por não comentar o assunto.

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A declaração foi dado em tom de desabafo. Baroni disse estar decepcionado com as críticas a Cueva, mesmo dentro do Tricolor, segundo o agente. Após um bom início de ano, o meia teve uma queda de rendimento após sofrer uma lesão muscular na coxa esquerda, no fim de março, em jogo do Peru pelas Eliminatórias.

– É difícil estar fisicamente bem se, mal você está recuperado de uma lesão, já te soltam para jogar sem o condicionamento prévio. É fácil falar. Então eu prefiro falar da atitude do jogador de se colocar à disposição naquele momento – explicou Baroni.

Depois que sofreu a lesão em 29 de março, Cueva ficou 17 dias em tratamento no Reffis. Normalmente, um estiramento leva de três a quatro semanas de recuperação. Mas, como a equipe havia perdido para o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, e tinha o Corinthians pela frente, pelo Campeonato Paulista, pensou-se num plano para colocar o camisa 10 em campo.

Após trabalhos com os fisioterapeutas no gramado e um dia de preparação física, Cueva fez dois treinos com bola com os companheiros e foi relacionado para o Majestoso, mas não jogou bem. Nem nos jogos seguintes, contra Cruzeiro, novamente contra Corinthians, Defensa y Justicia e Cruzeiro de novo, a situação melhorou. Tanto que ele acabou substituído em todas as partidas, sem gols ou assistências. Antes da lesão, o peruano havia marcado sete gols e dado quatro assistências para os companheiros de clube.

– Não me meto a opinar no time, isso não me diz respeito. Só falo para proteger Cueva e porque creio que, mesmo em pouco tempo, ele deu muito ao São Paulo. E espero que haja respeito com isso. É um dos melhores assistentes atualmente e a isso se somam seus gols, seus lances de desequilíbrio. Espero que ele esteja feliz. Se não for assim, pensaremos em sair – completou o empresário, que, segundo a reportagem, tem fama no Peru de superproteger seu cliente.

Em fevereiro, Cueva prorrogou o contrato com o São Paulo até junho de 2021, com aumento salarial.

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