No Grêmio desde janeiro, o lateral-esquerdo Cortez marcou o primeiro gol com a camisa tricolor nesta segunda-feira e garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, na Arena, resultado que deixa o time de Renato Portaluppi na cola do líder Corinthians. O jogador, que ganhou espaço após a lesão de Marcelo Oliveira, chegou ao clube após rescindir o vínculo com o São Paulo, clube que defendeu após se destacar no Botafogo e de onde saiu repentinamente, o que ainda é um mistério para o lateral, como contou no “Bem, Amigos!” desta segunda-feira. Sem entender, ele prefere não questionar e seguir trabalhando.
– Agora estou mais experiente, mais maduro, aprendi muitas coisas. Estou feliz aqui no Grêmio. Desde que cheguei o professor Renato me deu total liberdade, o grupo me abraçou, me deu confiança e estou muito motivado para ajudar o Grêmio a continuar nessa campanha – disse.
Ao lembrar a trajetória no futebol, Cortez admitiu que evitou questionar as decisões do Tricolor Paulista quando resolveu deixar de aproveitá-lo – ele chegou ao clube em 2012, e no ano seguinte foi emprestado ao Benfica, de Portugal, e sucessivamente ao Criciúma e Albirex Niigata, do Japão, onde passou os últimos dois anos. .
– No Botafogo fiz uma excelente temporada, fui para Seleção, e se pegarem meus números no São Paulo, joguei mais jogos no São Paulo, na primeira temporada fui eleito o melhor lateral do Paulista, campeão da Sul-Americana, no outro ano machuquei no começo, não joguei muitos jogos e me afastaram. Mas isso em nenhum momento me entristeceu, sempre procurei trabalhar com humildade, respeitando, e sem querer saber por que me separaram e sempre trabalhei. Pude ir para o Japão, fiquei dois anos lá, pude aprender bastante, e poder voltar com mais alegria, mais motivação, feliz por ter nascido meu segundo filho, família feliz, não tem motivação maior que essa – garantiu.
Apesar de ter chegado para ser “sombra” de Marcelo Oliveira no Grêmio, ele afirmou que não perdeu a motivação e destacou o papel do técnico tricolor em fazê-lo com que se sentisse bem em sua readaptação ao futebol brasileiro.
– O professor Renato dá liberdade para todos jogadores e desde o começo da temporada falou que ia precisar de todos, que todos tinham que estar prontos e preparados que a qualquer momento ele ia precisar e ia dar a camisa para jogar. Está sendo meu caso. Infelizmente meu companheiro se machucou, o Marcelo, eu estava preparado, esperando a oportunidade. Estou jogando, pude retomar meu futebol, com alegria, com felicidade, e estou podendo ajudar minha equipe. Estou muito feliz aqui no Grêmio – repetiu.
Com a vitória sobre o Bahia, nesta segunda, o Grêmio chegou aos 15 pontos e encostou no Corinthians, líder com 16. Na próxima quinta-feira, às 21h, a equipe gaúcha enfrenta o Fluminense, no Maracanã.
Quando ele chegou eu pensei que seria o novo Marinho Chagas o melhor lateral esquerdo que vi jogar no São Paulo, mas é um jogador comum como todos que vieram do Botafogo, exceção do Valber que também era craque.