Não há lugar em que o São Paulo se sinta menos à vontade no futebol brasileiro do que a Arena da Baixada. Desde 1999, quando foi reinaugurado e modernizado, o estádio do Atlético-PR foi palco de cinco empates e 11 derrotas tricolores. Para evitar o quarto jogo seguido sem vitória no Campeonato Brasileiro, o instável time treinado por Rogério Ceni terá que “mudar a história”, como disse o próprio técnico depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no último domingo.
Mas como fazer isso?
A escalação certamente será modificada, e principalmente na defesa. Dos três zagueiros titulares do fim de semana, dois não foram relacionados: Maicon, com proposta do Galatasaray, e Lucão, que deixou a diretoria profundamente incomodada com sua declaração após falhar na partida diante do Galo.
Resta Militão, o menos experiente de todos no grupo. Por outro lado, Rodrigo Caio voltou a ser relacionado. Se estiver recuperado de edema na perna, certamente será titular.
Se Ceni quiser manter os três zagueiros, entrarão Douglas ou Lugano. Independentemente do sistema tático, é fundamental ao São Paulo ter mais sincronia entre seus setores: defesa, meio-campo e ataque precisam jogar o mesmo jogo.
Isso não tem acontecido, por exemplo, quando alguns atletas resolvem pressionar e tentar roubar a bola no campo de ataque, e os companheiros não se adiantam. Abrem-se espaços enormes entre as linhas.
Com uma zaga desentrosada, de pouco tempo em campo, a proteção do meio e a colaboração dos homens de frente serão essenciais. Por características e posicionamento, Cueva e Pratto não são dos mais participativos no sistema defensivo. Wellington Nem e Cícero também deixam a desejar no quesito. Os quatro foram titulares no último domingo, por exemplo. Será preciso repensar essa formação para dar mais suporte aos zagueiros
Diante dessas dificuldades, Marcinho é o exemplo. Além de ter feito seu primeiro gol pelo Tricolor, ele é exemplo de dedicação na marcação. Será titular, na ala ou no ataque.
A volta de Thiago Mendes, que entrou no intervalo da última partida, também pode contribuir com um meio-campo mais enérgico e intenso.
O Atlético-PR esboça recuperação depois de um péssimo início no Brasileirão, mas, em 2017, não mostra a mesma força do ano passado quando joga em casa. Na Libertadores, por exemplo, só conseguiu se classificar graças ao seu desempenho nos estádios adversários, e sofreu quando teve de criar em sua arena.
O São Paulo precisa causar incômodo ao Furacão, não pode abdicar de jogar. Se conseguir estar bem protegido, os espaços vão surgir pouco a pouco ao talento da dupla Cueva-Pratto. Mas qualquer vacilo, qualquer desatenção, poderão custar a chance de “mudar a história”.
Veja as informações do São Paulo para a partida contra o Atlético-PR:
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data e horário: quarta-feira, às 21h45 (Brasília)
Escalação provável: Renan Ribeiro; Éder Militão, Douglas (Lugano) e Rodrigo Caio; Buffarini (Thiago Mendes), Jucilei, Cícero (Thiago Mendes) e Junior Tavares; Cueva, Lucas Pratto e Marcinho
Desfalques: Maicosuel (aprimora a forma física), João Schmidt (entorse no joelho esquerdo) e Morato (cirurgia no joelho direito, só volta em 2018)
Pendurado: Cícero
Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ), auxiliado por Rodrigo Henrique Correa (Fifa-RJ) e Thiago Henrique Neto Farinha (RJ)
Transmissão: TV Globo para SP, RS, SC, GO, TO, MS, MT, BA, SE, AL, CE e MA (com Cleber Machado, Caio Ribeiro e Paulo César Oliveira) e Premiere (com Linhares Jr e Gil Rocha)
Tempo real: GloboEsporte.com, a partir das 20h45
Com a venda do Maicon e a saida do Lucão com certeza vamos mudar a hitoria, vamos com facilidade ganhar o Campeonato Brasileiro e classificar para a Libertadores com o Velhugano e Douglas na zaga.