As eliminações no Paulistão, na Copa do Brasil e Sul-Americana despertaram na diretoria do São Paulo a ideia de promover mudanças no elenco. Esse movimento já teve início com as chegadas de Maicosuel e Denilson, a saída de Luiz Araújo, e deverá se intensificar nas próximas semanas. Além dos reforços pretendidos, Maicon deve sair para o Galatasaray, o impasse sobre a renovação de Lugano está na reta final e Lucão não jogará mais pela equipe, pelo menos neste ano.
O fluxo vai ampliar estatísticas gritantes: o São Paulo perde e contrata mais de um jogador por mês. Desde o início de 2015, ou seja, nos últimos 30 meses, 41 atletas chegaram e 46 saíram.
Há diversas causas e consequências desse vaivém. Em 2015, por exemplo, houve um desmanche, ainda na gestão de Carlos Miguel Aidar, que renunciou em outubro daquele ano por denúncias de corrupção. As saídas de Souza, Paulo Miranda, Boschilia, Rafael Toloi, entre outros, irritaram demais o técnico colombiano Juan Carlos Osorio, que acabou saindo para comandar a seleção mexicana.
Algumas vendas foram consideradas necessárias pela diretoria, em razão da situação financeira muito ruim vivida pelo clube há anos. Casos de Luiz Araújo (por R$ 38 milhões ao Lille) e David Neres (por R$ 50 milhões ao Ajax), promovidos em 2016 ao time profissional e negociados em 2017.
Mas também se percebe uma falta de paciência e/ou de critérios em muitas contratações. Há jogadores que não chegaram a ficar nem sequer um semestre no clube. Casos dos atacantes Jonathan Cafu, Kieza e Neilton, por exemplo. Acordos com duração de seis meses, aliás, viraram prática habitual no Morumbi. Dória e Calleri chegaram e saíram nessas circunstâncias. Maicon agradou tanto durante esse curto período de empréstimo que levou a diretoria a gastar R$ 22 milhões para tê-lo em definitivo.
Em reformulação constante, sempre “em formação” e com imensa dificuldade de criar uma identidade, o São Paulo teve jogadores conceituadíssimos nos últimos tempos: Ganso, Pato, Jadson, Kaká, Luis Fabiano, Michel Bastos, Alan Kardec, Souza e, agora, Pratto, Cueva e Jucilei. Mesmo assim, não ganhou títulos. A única conquista nos últimos nove anos foi a Sul-Americana de 2012.
O desejo da diretoria é formatar um elenco que demonstre mais inconformismo com derrotas. Esse pré-requisito já foi ressaltado em anos anteriores, e a montagem de grupo fracassou. Com Arboleda, Petros e Gómez, jogadores em negociações adiantadas, a meta é alcançar esse patamar, elevar o nível de competitividade do grupo.
O trio foi referendado pelo departamento de análise de desempenho, que vem tentando tornar mais criterioso o processo de escolha, sobretudo pela impossibilidade de altos investimentos. Em 2017, os atacantes Morato e Marcinho são bons exemplos. Baratos e de bom rendimento – embora Morato tenha disputado apenas uma partida antes de se lesionar com gravidade. Só volta em 2018.
Com mais uma reformulação em curso, o São Paulo tenta se reerguer no Brasileirão: não ganha há três rodadas, e terá pela frente o Atlético-PR, nesta quarta-feira, num estádio onde nunca venceu: a Arena da Baixada, em Curitiba.
Veja abaixo os jogadores que chegaram e saíram do Tricolor nos últimos anos (em negrito, aqueles que não ficaram nem sequer um ano no clube):
- 2015
Chegaram: Luiz Eduardo, Carlinhos, Dória, Wesley, Centurión, Thiago Mendes, Daniel, Wilder Guisao, Jonathan Cafú, Rogério, Bruno, Breno e Lyanco.
Saíram: Rafael Tolói, Antônio Carlos, Paulo Miranda, Reinaldo, Edson Silva, Dória, Souza, Boschilia, Maicon, Denilson, Pato, Jonathan Cafu, Ademilson e Ewandro.
- 2016
Chegaram: Lugano, Júnior Tavares, Douglas, Buffarini, Mena, Maicon, Cueva, Jean Carlos, Robson, Kieza, Chavez, Calleri, Gilberto, Kelvin, Ytalo e Léo Natel.
Saíram: Robson, Jean Carlos, Mena, Centurión, Calleri, Ganso, Kieza, Wilder Guisao, Alan Kardec, Rogério, Luiz Eduardo, Luís Fabiano e João Paulo.
- 2017
Chegaram: Sidão, Edimar, Cícero, Jucilei, Maicosuel, Thomaz, Denilson, Pratto, Wellington Nem, Morato, Marcinho e Neilton.
Saíram: Luiz Araújo, David Neres, Lyanco, Neilton, Chavez, Pedro, Breno, Wellington, Léo, Carlinhos, Auro, Matheus Reis, Michel Bastos, Daniel, Hudson, Artur, Banguelê, Kelvin e Ytalo.
As mudanças no SPFC tem de ser estrutural a começar pelo conselho deliberativo, formado por gente sem compromisso com o clube (com honrosas exceções), ter eleições diretas (como já acontece com os nossos adversários), manter por maior tempo as revelações da base (time bom leva a torcida aos jogos) e, por fim, transparência na administração.
As reposições são de péssima qualidade fora do perfil e da estrutura, isto em consequência de um grupo
de diretores investidos de profissionais, mas que na realidade não passam de amadores que por consequência são persuadidos por empresários e contratando refugos, lixos e jogadores bichados.
Fora esta realidade há uma outra agravante, a atual comissão técnica e frágil, imatura e encontra-se
perdida e acuada, seria oportuno neste momento enquanto estamos no inicio, também trocá-los…
Faxina geral….
E verdade Márcio Ferreira, antes todos que vinha jogar no Tricolor ou era convocado ou tinha chances de ir para a Seleção.
digitei dirigindo desculpem o erro de portugues