Vai e vem: São Paulo tenta reverter ideia de desmanche no futebol

Além de esclarecer as situações que geram questionamentos constantes dos torcedores, o dirigente falou em contratar cinco reforços. Arboleda e Jonathan Gómez estão próximos. Petros negocia, e Aderlan Santos é analisado.

– Existe a ideia de reforçar a equipe. Vão chegar muito mais peças do que sairão atletas. E também vamos continuar aproveitando a base. São movimentos de mercado – disse Pinotti, em determinado momento da entrevista.

Antes da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, domingo, no Morumbi, torcedores protestaram contra a diretoria. Uma das faixas questionava o trabalho em Cotia, centro de treinamento voltado para a base do clube. Nessa temporada, Luiz Araújo (Lille), David Neres (Ajax) e Lyanco (Torino) foram vendidos.

– Imobiliária Cotia: vende, aluga e empresta – dizia uma das faixas.

Além de Araújo, Thiago Mendes também é alvo do próprio Lille. Mas o São Paulo não pretende vendê-lo e conversa com o jogador para que ele siga no Morumbi.

Maicon, por sua vez, está perto do Galatasaray, da Turquia, por € 7 milhões (R$ 25,7 milhões), mais € 1 milhão (R$ 3,6 milhões) condicionados à bônus por metas alcançadas.

– Nada do Buffarini (o San Lorenzo tem interesse, mas o jogador e o São Paulo não pensam em saída). Thiago teve uma conversa, mas é aquele caso que não queremos vender. Do Junior (Tavares) não chegou nada (o Ajax tem interesse no atleta).

Os casos de Lucão e Lugano são diferentes. O primeiro está sem clima no clube depois da declaração de que para “alegria de muitos estava indo embora”. O uruguaio, por sua vez, tem futuro incerto. Pessoas próximas dizem que o ídolo está insatisfeito pela forma como a negociação foi conduzida. O Tricolor fez proposta para renovar e aguarda uma resposta. O contrato termina no próximo dia 30.

De 2015 até agora, o São Paulo teve mais de 40 chegadas e saídas no elenco. Por conta disso, o clube vem sendo criticado pela forma como faz a gestão no futebol.

Nesse período, o Tricolor foi presidido por Carlos Miguel Aidar (até outubro de 2015, quando renunciou sob denúncias de corrupção) e Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco (eleito em mandato tampão até abril de 2017 e novamente eleito para gestão até 2020).