Aderllan chora ao receber camisa do São Paulo: ‘chegou minha hora’

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Zagueiro ficará no Tricolor emprestado até o fim da próxima temporada

Bruno Grossi – UOL Esportes

No dia seguinte ao fim do jejum de nove partidas sem vitórias no Campeonato Brasileiro, o São Paulo segue sua rotina de chegadas de reforços. O nome da vez é o zagueiro Aderllan, apresentado pelo diretor-executivo de futebol do clube, Vinicius Pinotti. São-paulino desde a infância, o defensor foi tratado como “baita jogador” e “excelente pessoa” pelo dirigente tricolor. “Muito orgulho de trazer um jogador desse nível”, exaltou Pinotti.

“Eu agradeço o esforço que a diretoria fez no último mês, uma fase muito complicada. No início das conversas, tinham outros pretendentes, como o Olympiakos, que já estava bem encaminhado com o Valencia. Quando veio o São Paulo, pedi na hora para ser negociado. É algo que sempre quis e sempre sonhei. Vou honrar esta camisa. Treinei as férias inteiras, parecia que sabia que algo iria acontecer, então já estou à disposição”, prometeu o defensor que já teve o nome registrado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

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Aderllan lembra da infância, quando não tinha condições financeiras de cumprir o sonho de ter uma camisa do São Paulo. Nesta quinta-feira, recebeu a número 32 e teve dificuldades para conter a emoção: “Me dá até um nó na garganta. Nunca tivemos condições de ter uma camisa do clube. É difícil falar, dói. Estou realizando um sonho de muita gente que quis que eu estivesse aqui. Quando me procuraram, foi uma surpresa. Chegou minha hora. O clube precisou de mim e eu preciso do clube. Vamos tirar o São Paulo desta situação”.

O zagueiro de 28 anos e 1,93m de altura ainda explicou a passagem irregular pelo Valencia, depois de ter triunfado no Braga, de Portugal. “No primeiro ano consegui jogar, mas no segundo, de fato, perdi espaço por decisão do treinador. Mas estava treinando bem e fui bem quando entrei, era líder em interceptações. Sempre onde chego, conto minha história, de como quase fui para Angola, não tinha passaporte e fiquei um ano sem jogar por causa de uma fratura no pé. Pouca gente sabe, mas não vou me alongar porque é coletiva aqui, né (risos)?”, explicou.

A relação de Aderllan com o São Paulo começou com o vitorioso time do início da década de 1990. Mesmo sem televisão em casa no interior de Pernambuco, buscava se manter informado e lembra dos momentos de alegria e tristeza, ambos envolvendo o Corinthians. Em 1998, o título do Campeonato Paulista. Em 1999, na eliminação para o rival na semifinal do Brasileirão.Agora, celebra estar ao lado do ídolo Lugano: “como são-paulino, ter essa referência ajuda muito. Ele já conversou comigo e, para mim, é muita felicidade”.

1 COMENTÁRIO

  1. Eu só queria fazer duas perguntas para essa Diretoria de Velhos imbecis e inuteis que estão acabando com o Tricolor:
    Porque pagaram para a Múmia uma multa de 5 milhões, para um profissional incapacitado para a função, nem em Brasilia teve um favorecimento desse jeito.
    Porque renovaram com um ex-atleta que impuseram a sua escalação para justificar a renovação de contrato, e toma um cartão amarelo na reserva e no fim do jogo, quem é esse imbecil que vê nesse jogador qualidades para jogar no São Paulo.