Cenário de 2013 se repete e torcida “carrega São Paulo nas mãos”

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

Mais uma vez, a torcida virou peça fundamental do São Paulo na fuga da zona do rebaixamento. Exemplo disso foram as arquibancadas do Morumbi cheias no empate por 1 a 1 com o Grêmio, na última segunda-feira. Os barulhentos 51.511 espectadores quebraram o recorde de maior público pagante do Campeonato Brasileiro 2017, que já tem 16 rodadas completas.

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No total de oito partidas disputadas em casa pelo Brasileirão deste ano, o São Paulo levou 204.115 torcedores ao Morumbi, ficando atrás só de Corinthians (293.216) e Palmeiras (234.174). Tem ainda a quarta maior média de público da competição, com 25.514 por jogo.

O cenário é idêntico ao de 2013, quando o Tricolor brigou durante a maior parte do campeonato para se livrar do descenso e também terminou com a quarta média de público. Na ocasião, a equipe só foi conseguir reagir sob o comando de Muricy Ramalho, contratado na virada do turno para salvar o clube do que seria o maior vexame de sua história.

O ex-treinador teve sucesso na empreitada. Em sua terceira passagem pelo clube, Muricy melhorou o time, que terminaria aquela edição em nono lugar, com 50 pontos, distante dos últimos quatro colocados.

No Brasileirão 2017, o São Paulo se encontra na zona de rebaixamento já há seis rodadas. No momento, ocupa o 18º lugar, com meros 16 pontos conquistados após 16 partidas.

Entretanto, com a recente chegada do técnico Dorival Júnior, a equipe começa a dar sinais de evolução, exibidos na sofrida vitória por 1 a 0 sobre o Vasco e no empate por 1 a 1 com o vice-líder Grêmio, diante dos quais a torcida não deixou de apoiar nem nos momentos mais difíceis das partidas.

“Quando o atleta dá a vida em campo, acontece essa aproximação com o torcedor. Foi o melhor público do campeonato. A torcida está de parabéns, carregando o time nas mãos, lutando junto para buscar a recuperação”, elogiou Dorival, antes de comentar sobre o comportamento das arquibancadas no duelo com o Grêmio.

“Seria mais do que obrigação fazermos o que fizemos. Se não com organização, mas com a entrega que houve. É mais um detalhe importante na recuperação da equipe. Queríamos a vitória, mas, emocionalmente, esse empate terá peso muito grande”, avaliou.

O São Paulo voltará a jogar no Morumbi em 3 de agosto, uma quinta-feira, contra o Coritiba. Antes, enfrentará o Botafogo, neste sábado, no Rio de Janeiro.