Nos braços da torcida, Petros e Jucilei têm missão: melhorar no ataque

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UOL

Bruno Grossi
  • Marcello Zambrana/AGIF

    Petros foi comprado pelo São Paulo em junho e assinou por quatro anosPetros foi comprado pelo São Paulo em junho e assinou por quatro anos

Se a crise vivida pelo São Paulo beneficiou alguém no clube, Petros e Jucilei estão entre os que podem sair fortalecidos da turbulência no Campeonato Brasileiro. São ovacionados no anúncio das escalações, têm os nomes gritados pela torcida e são exaltados nas redes sociais. Nesta segunda-feira, às 20h, eles formarão a dupla de volantes do Tricolor pela sexta partida consecutiva e têm o desafio de superar um estigma contra o Grêmio: manter a eficiência defensiva e ainda se apresentarem com mais força ao ataque, no Morumbi.

Há um consenso, entre jogadores, comissão técnica e torcida, de que os dois ajudaram o time a sofrer menos. A marcação forte pode ser traduzida pelos números. Jucilei é o líder em desarmes do São Paulo no Brasileirão. Nas 15 rodadas que disputou – com todos os minutos na conta -, conseguiu roubar 40 bolas. A média é de 2,6 desarmes por jogo. Tudo isso sem receber um cartão amarelo sequer e sofrendo mais faltas do que cometendo (39 a 24). Petros, que vai para a sexta atuação no Tricolor, conseguiu dez desarmes, com média de dois por confronto.

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Por outro lado, há uma preocupação pelo tímido desempenho dos volantes no setor ofensivo. Jucilei tem um gol, aproveitando sobra após bola parada, no empate por 1 a 1 com o Fluminense, ainda com Rogério Ceni no comando. Registra, ainda, 11 finalizações 15 assistências para arremates. Ou seja, uma vez por jogo ele consegue servir um companheiro para concluir a gol.

Já Petros participou do tento de Arboleda no revés por 3 a 2 para o Santos, mas sem querer. A bola desviou no camisa 6 e o equatoriano chutou. Em assistências para finalizações, também tem uma por partida, mas só arriscou a gol somente duas vezes. Contra o Vasco, se destacou pela entrega, por um forte carrinho em Bruno Paulista e pelo discurso inflamado na preleção: “Falaram que iam chegar aqui e atropelar a gente. Atropelar o c… Para me matar vai ter que correr mais que eu!”.

Dorival Júnior tem trabalhado para que a dupla chegue mais à frente. Jucilei, que com Ceni se postava quase como um terceiro zagueiro, agora tem liberdade para desgarrar, com Petros mais preso às obrigações defensivas. Nos jogos contra Vasco e Atlético-GO, o primeiro apareceu até pelas pontas e só não saiu com assistência porque Martin Silva fez grande defesa em chute de Wellington Nem. O goleiro vascaíno, mais tarde, impediria gol de Cueva aproveitando lançamento de Petros.

Os dois lances são mostras das cobranças do técnico por um jogo mais vertical dos meio-campistas. O setor perdeu Thiago Mendes, vendido ao Lille, que tinha cinco gols e três assistências na temporada. Fora ele, o time teve três gols de Cícero, reserva, e duas assistências de João Schmidt, que também foi negociado, entre os volantes.

Agora, Hernanes será uma nova esperança para devolver essa presença ofensiva, deixando Cueva mais avançado e livre para retomar o melhor futebol. Ainda sem o Profeta, Dorival pode simular a nova formação se escalar Lucas Fernandes na vaga do lesionado Nem. Cueva cairia pelos lados, bem como Jonatan Gómez. Um quinteto com a missão de servir o artilheiro Lucas Pratto, autor de cinco gols no Brasileirão.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X GRÊMIO

Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 24 de julho de 2017, às 20h
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Pablo Almeida da Costa (ambos de MG)

SÃO PAULO: Renan Ribeiro, Bruno, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Petros e Jucilei; Gómez, Lucas Fernandes (Marcinho) e Cueva; Pratto. Técnico: Dorival Júnior.

GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Michel, Arthur, Fernandinho (Everton), Ramiro e Pedro Rocha; Luan;
Técnico: Renato Gaúcho