Resgate da confiança: Dorival define primeiro passo para recuperar o time

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Técnico se apresenta ao São Paulo buscando uma evolução degrau a degrau para tirar o clube da penúltima posição do Campeonato Brasileiro e afastar o risco de rebaixamento

São Paulo - Apresentação Dorival Jr.

Marcio Porto e William Correia – LANCE!
Dorival Júnior se apresentou como técnico do São Paulo, nesta segunda-feira, já apontando como pretende recuperar o time que está em penúltimo lugar no Campeonato Brasileiro. O técnico, que estreará nesta quinta-feira, no Morumbi, contra o Atlético-GO, confia tanto no elenco que vê como chave o resgate da confiança.

– Temos de buscar o emergencial, mas tentando conscientizar e mostrar no campo o que observamos e, acima de tudo, resgatar a confiança de cada jogador para ter atuações mais consistentes e bons resultados. O São Paulo ainda pode fazer outro tipo de campeonato. Depende de recuperação rápida e mudança comportamental. A participação precisa ser maior, jogadores sabem disso.

O Tricolor não vence há sete jogos, acumulando dois empates e cinco derrotas (a última delas nesse domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro). O último triunfo foi por 2 a 0 sobre o Vitória, em 8 de junho. Dorival sabe que terá pouco tempo para treinar e prepara um trabalho de emergência para recuperar a equipe o mais rápido possível.

– O São Paulo tem alguns degraus e, em razão da classificação, sai em condição diferente. É um campeonato de recuperação, e já vi isso acontecer, como já vi times assim se agravarem. O São Paulo tem bom grupo, diretoria atenta e trabalhando com intensidade, buscando situações pontuais para dar condições que já são muito boas. Isso é fator para recuperação se iniciar o mais rápido possível – disse Dorival.

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– Teremos um mês, ou 45 dias, totalmente preenchidos, com jogos de quarta e domingo, o que passa a ser um complicador para todos nós. Esperamos passar por esse momento de maneira positiva, com a possibilidade de ter correções rápidas para ter respostas nos jogos seguintes. Temos de intensificar de alguma forma, com trabalhos que se encaixem em um ou dois dias, com trabalhos rápidos e pontuais como corretivos para o que observamos – completou.

Confira como foi a primeira entrevista coletiva de Dorival Júnior no CT da Barra Funda:

Desafio no São Paulo
É uma satisfação e um prazer ter a confiança do presidente e da diretoria do São Paulo em mim. Procurarei fazer o meu melhor. Confio no trabalho e no elenco, não tenho dúvidas de que estou chegando com a intenção de encaminhar o que, momentaneamente, não se apresenta adequadamente nas condições que todo são-paulino gostaria. É uma responsabilidade grande, mas venho porque confio no meu trabalho e em quem me contratou para desenvolver meu trabalho com muita intensidade e carinho, dentro de tudo que passamos em 10, 12 anos de carreira. Que possamos estar fortalecidos e preparados para uma condição que não é fácil. Vivenciar Brasileiro, com cada ano uma grande equipe em momento de dificuldade, precisamos de capacidade e sensibilidade para sentir o momento da equipe e o São Paulo se recuperar na competição e na história do São Paulo, que tem um peso muito grande, um dos mais conceituados do mundo. O São Paulo precisa de uma visão aquém da desse momento.

Exigências
Não foi feita nenhuma exigência. É um bom elenco. Dentro do possível, como em todo o Brasil, o elenco pode ser melhorado, naturalmente. Mas precisamos acreditar no que temos, cessar conversas de entradas e saídas porque isso quebra e muito a confiança do elenco. Mas vamos observar com carinho especial o que temos em casa. O Rogério fazia um trabalho elogiável nesse sentido, buscando o que o São Paulo tem de melhor, sua estrutura e produção de grandes jogadores. De repente, nossos problemas podem ser resolvidos aqui dentro mesmo com o aparecimento de um novo garoto ou um atleta que venha reforçar e melhorar a equipe.

Trabalho de melhora
Teremos um mês, ou 45 dias, totalmente preenchido, com jogos de quarta e domingo, o que passa a ser complicador para todos nós. Nas equipes em que tivemos período de trabalho, como no Santos, com três semanas abertas, foi importante para melhora e crescimento da equipe. Esperamos passar por esse momento de maneira positiva, com a possibilidade de ter correções rápidas para ter respostas nos jogos seguintes, esperando pelo momento na frente com preparação um pouco melhor e mais consolidada. Nesse instante, saindo de uma partida para outra, dificilmente teremos esse período, mas temos que intensificar de alguma forma, com trabalhos que se encaixem em um ou dois dias, com trabalhos e rápidos e pontuais como corretivos para o que observamos.

Por que o São Paulo está em penúltimo
Sem viver o dia a dia, não dá para avaliar. Mas nem tudo foi ruim. Fiz comparativo agora e, da equipe que fez bela apresentação contra o Santos, ficaram apenas três jogadores. Em cima de tudo isso, o São Paulo conseguiu cosias muito boas, aparecimento de bons valores, jogadores saindo como é do futebol brasileiro e temos de entender, trabalhando para minimizar. É fundamental analisar daqui para a frente e responsabilizar por tudo que acontece até o final desse compromisso, se Deus quiser.

Trabalho de emergência
Pensar em agilizar uma situação nesse momento é inoportuno. Temos que buscar o emergencial, mas tentando conscientizar e mostrar no campo o que observamos e, acima de tudo, resgatar a confiança de cada jogador para ter atuações mais consistentes e bons resultados.

Falar com Rogério Ceni
Ainda não conversei, mas tenho respeito e carinho muito grandes. História do Rogério se confunde com a entidade, é um profissional exemplar. O período que ficou aqui, com história, quero, sim, falar com ele. Dentro dos próximos dias, pela pessoa e profissional que é, vou procurá-lo.

Carille falou em sacanagem com demissões de técnicos
É muito difícil abordar assunto como esse, peço desculpas por não aprofundar. Sempre respeitei muito o presidente do Santos, a entidade e seus profissionais, sempre pautei minha profissão em cima desse respeito. O que aconteceu, fica para trás. O momento agora é São Paulo Futebol Clube. Agradeço a preocupação do Fábio, mas minha preocupação é fazer o melhor pelo São Paulo como fiz em todos os clubes. Preciso estar preparado o máximo possível apara retribuir confiança que depositaram.

Relação com filho e auxiliar Lucas Silvestre
Relação profissional. Anterior à formação, trabalhou comigo por quatro anos fazendo levantamento de adversários e de atletas, ele se preparou para esse momento. Assim como qualquer outra figura da comissão, tem total liberdade de fazer colocação. É uma relação bem aberta e próxima com qualquer outro, porém, naturalmente, a última posição recai sobre o treinador. Procuro ouvir muito para diminuir erros.

Conhecimento do time
Assistimos aos últimos quatro ou cinco jogos do São Paulo. Não tivemos ninguém na Vila Belmiro, mas o São Paulo trará observações e vimos pela televisão. Vamos intensificar o que preparamos nesta semana.

Campeonato do São Paulo
O São Paulo tem alguns degraus e, em razão da classificação, sai em condição diferente. É um campeonato de recuperação, e já vi isso acontecer, como já vi times assim se agravarem. São Paulo tem bom grupo, diretoria atenta e trabalhando com intensidade, buscando situações pontuais para dar condições que já são muito boas. Isso é fator para recuperação se iniciar o mais rápido possível.

Outras experiências na zona de rebaixamento
Tivemos problemas pontuais em outras equipes. No Vasco, chegamos à oitava colocação e começamos a perder muitos jogadores e compromissos da diretoria não foram respeitados. No Fluminense, pediram nove pontos em cinco jogos, e conseguimos dez pontos. E, com problema da Portuguesa, Fluminense saiu daquela situação. Todos sabem como aconteceu, mas aquilo dá experiência muito grande para viver um novo momento. Como Atlético-MG, que em 2-010 estava há 24 rodadas no Z-4 e, na penúltima rodada, estávamos livres. É tudo para fazer fluir. Que eu possa ter capacidade para fazer o grupo se recuperar. Confio no trabalho e, junto com diretoria e jogadores, degrau a degrau, vamos melhorar. O campeonato do São Paulo é de recuperação e, ´para isso, será muito mais exigido do que vemos de cada um de nós. O São Paulo não pode continuar como está.

Trabalho com a base
Está exigindo aproximação grande, o treinador precisa estar em Cotia. Que tenhamos condição de observar mais, essa integração vai continuar e será mantida. Dentro do possível, vamos observar a base. No Santos, era um trabalho mais fácil porque recebíamos as equipes em treinamentos, em horários diferentes, mas sempre observávamos e isso era importante se definíamos uma contratação ou se aproveitávamos um garoto. O São Paulo também proporciona isso e já há uma integração muito grande com a base.

Dorival fala do San-São e da perspectiva
Pelo segundo tempo, sim. Pelo primeiro tempo, não. O São Paulo ainda pode fazer outro tipo de campeonato. Depende de recuperação rápida e mudança comportamental. A participação precisa ser maior, jogadores sabem disso. Estamos conversando a partir do momento que observamos. Não vejo problema. Vou privilegiar o que temos, mas diretoria estará atenta ao mercado, ainda que todos saibam que, para momento como esse, é difícil ter condições de tirar algum jogador porque a grande maioria dos bons já atuou por sues clubes. Faltam datas no mercado externo e, na correria, não se faz nada. É o momento de estancar condição de saídas e entradas e recuperar confiança de modo geral para a produção do grupo melhorar. Vamos intensificar esse trabalho.

Está de olho em algum garoto de Cotia?
Vi alguns jogos, mas tudo acontecerá naturalmente. Se fizer algum alerta, o próprio jogador deixa de agir naturalmente. Vamos focar em readquirir confiança do grupo e buscar o que é necessário. fatalmente, algum garoto vai aparecer e, dentro de possibilidade ou necessidade, ele pode ter condição de se apresentar.

Lucão
Tivemos reunião em Florianópolis. Como ainda era possibilidade, não esmiuçamos detalhes de assuntos abordados. Essa reunião ficaria para agora, antes da apresentação, mas não houve possibilidade, por isso transfiro à diretoria. Lucão procurou diretoria, foi em consenso com o próprio atleta (que ele não será aproveitado).

1 COMENTÁRIO

  1. Meus amigos, apesar de termos um time limitado por culpa da Diretoria, os técnicos insistem nos erros primários na escalação do time:
    1)Buffarini é culpado por vários gols que tomamos pela lado direito da defesa. Ele não sabe marcar, é apavorado, não sabe tabelar e chegar ao fundo e não sabe fazer cruzamentos. É um jogador franzinho, baixa estatura e de perna curta. Foi o culpado do 3º gol contra o Santos, pois tomou um “drible da vaca” do lateral esquerdo do Santos que cruzou para o Copete fazer o gol. É ridiculo mantê-lo como titular do time.
    2)Marcinho é muito lento e não sabe cruzar ou passar para o centroavante. É teimosia como titular.
    3)Lucas Pratto, apesar de ser esforçado, está pecando nas finalizações ao gol e Gilberto merece novas chances no seu lugar como titular.
    4)Renam Ribeiro, apesar de ter defendido várias bolas ao gol, falhou no 1º gol do Santos. Mas deve continuar como titular e deve aprimorar a sair nas bolas altas(jogadas aéreas).

    Gostei da atuação do zagueiro Arboleda(já ganhou a posição de titular) e de J. Gomes(no 2º tempo) e de Lucas Fernandes.
    Assim, Dorival deve treinar exaustivamente o seguinte time para as próximas partidas para sairmos da zona da vergonha:

    Renam, Bruno(titular absoluto), Arboleda, Rodrigo Caio e Júnior Tavares,
    Petros, Jucilei e J. Gomes(ou Lucas Fernandes ou Cueva))
    Welinton Nem(Marcinho), Lucas Pratto(ou Gilberto) e Denílson(ou Lucas Fernandes)

    Temos time no papel, basta colocar o entrosamento na prática para sairem os gols necessários para as vitórias e sairmos dessa situação e dessa posição que é injusta.

    Boa sorte, Dorival Jr. Confiamos em você.
    Vamos São Paulo!!!