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Renan Cacioli
Tricolor esboça melhoras no Choque-Rei, mas vacila em lances cruciais, perde chance de “definir” o jogo contra o Palmeiras e volta a apresentar desempenho sofrível na defesa.
O São Paulo que perdeu para o Palmeiras por 4 a 2, no domingo, certamente foi melhor do que o São Paulo que empatou com o Avaí (1 a 1) e até mais organizado do que o São Paulo que bateu o Cruzeiro (3 a 2), nas duas rodadas anteriores ao Choque-Rei. Mas vacilou em lances decisivos, o que, somado a mais atuação atrapalhada de seu sistema defensivo, acabou lhe custando caro.
No primeiro tempo, por exemplo, o time se mostrou mais compactado. A proposta de Dorival Júnior era bem clara: montar uma equipe fechadinha, à espera do Palmeiras, com Pratto – e, depois da lesão do argentino, Gilberto – no círculo central, bem distante da grande área de Prass.
– A proposta era marcar forte, porque sabíamos que eles iriam se lançar. Por um certo momento, funcionou – analisou o goleiro Sidão.
Depois do gol de Marcos Guilherme, a ideia de jogo do Tricolor se encaixou ainda melhor, afinal, o adversário tinha de sair, oferecendo espaços para o contragolpe. Novamente com Marcos Guilherme, veio a primeira chance para, se não definir o Choque-Rei, ao menos deixar os são-paulinos mais tranquilos. Dizer que a bola no travessão foi o primeiro erro, porém, é exagero. Milímetros mais abaixo e a bola entraria.
O primeiro erro, de fato, veio no lance do gol de empate do Palmeiras:
- Cueva não chegou junto em Michel Bastos, que cruzou;
- Edimar errou o tempo de bola, permitindo a Willian receber a bola antes da conclusão.
O segundo gol, apenas três minutos depois, mostra um raro momento em que o São Paulo se desvia da proposta original de jogo, tentando marcar no abafa. No lance, seis atletas estão mais à frente, deixando um buraco no meio até o quarteto defensivo. Jucilei ainda tenta correr no desespero para marcar Willian, que corta o volante antes de finalizar.
No segundo tempo, com o empate em 2 a 2, dois lances foram fundamentais para o São Paulo colecionar a 11º derrota no Brasileirão: o gol perdido por Rodrigo Caio e o contragolpe no qual Marcos Guilherme é desarmado por Edu Dracena. Na sequência da jogada, com o time desarrumado, sai o terceiro gol palmeirense.
O quarto gol virou consequência já do desespero são-paulino. Mas aumentou um saldo preocupante para quem luta contra o rebaixamento. Foi o 33º gol sofrido em 22 jogos. Apenas três equipes – Atlético-GO (36), Chapecoense (35) e Vasco (34) – apresentam defesa mais vazada
Nosso time não tem culhões, não sabe se impor no campo. Time grande tem que se impor sempre não importa o adversário, seja na bola, na categoria de seus jogadores ou na raça. Falta pro nosso time sangue no olho, acreditar em todas, tirar espaço do adversário e ter muita vontade de vencer. Nosso time é apático, leva um gol pronto, desaba e fica afoito.
Erros individuais são nosso problema desde o começo do ano, acontece que que erra não é cobrado, não perde titularidade. Rodrigo Caio merece banco faz tempo, não importa quem vai entrar, ele tem que sair, erra muito. Precisamos de um zagueiro xerife. Na nossa zaga de hoje o Edson Silva seria titular.
Cueva é outro que tem que sair, o cara dorme em campo, coloca o Maiconsuel, Lucas Fernandes, Thomaz quem for, o cara não pode ser titular, precisamos de jogador correndo 100 minutos em campo.
Se não mudar a postura do time, vamos cair mesmo a tarefa é duríssima.