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Marcelo Prado
Meia diz que polícia peruana está tomando as providências para garantir a segurança dos familiares, garante não ter se negado a ficar no banco em Santos e fala em dar o sangue pela torcida tricolor.
Além de trabalhar para tirar o São Paulo da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o meia Cueva ganhou uma preocupação extracampo graças a uma ameaça contra seus familiares, no Peru. O sogro dele, que mora na cidade de Trujillo, recebeu uma caixa com uma pomba morta, uma granada e um recado: o meia do Tricolor e da seleção peruana deveria entrar em contato com os criminosos para que não houvesse uma tragédia da próxima vez. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o camisa 10 tentou se mostrar tranquilo e falou que o caso está com a polícia de seu país.
– É uma situação difícil, não nego que me preocupa, mas tenho de jogar. É a minha família, mas tenho de estar forte. Fico preocupado, mas vai passar. Deixo a polícia trabalhar. Vou ajudar no que puder – ressaltou.
Como não concedia entrevistas no CT fazia um bom tempo, Cueva falou até a respeito de assuntos mais antigos, como uma rusga com Pintado, que assumiu o comando do time interinamente após a demissão de Rogério Ceni, no início de julho. O peruano desmentiu o ex-auxiliar, segundo quem o atleta se recusou a ficar no banco de reservas na partida contra o Santos.
– Eu trabalho aqui. Disseram que eu não quis jogar e não falei nada porque deixei que tudo se resolvesse internamente. Não vou falar sobre isso. Estou tranquilo e sempre estive à disposilção do time. Se tivesse feito algo errado, o clube me multaria. Isso não aconteceu – afirmou.
De volta ao momento atual, o peruano admitiu que caiu de rendimento nesta temporada. Ele sofreu uma lesão na coxa esquerda e voltou antes de estar 100% recuperado para ajudar a equipe nos duelos decisivos contra Corinthians e Cruzeiro, pelo Campeonato Paulista e Copa do Brasil. No mês passado, foi alvo de especulação de uma transferência para a Turquia, mas garante: o foco está no São Paulo.
– É lógico que meu nível caiu, mas isso acontece com todos. Trabalhei para voltar da melhor maneira, com única mentalidade de ajudar o time e crescer como jogador, em melhorar nos aspectos que preciso. Nada influiu no meu rendimento, não tem nada a ver com transferência. Foi algo pessoal, interno, e sou homem para sair dessa – explicou.
Sobre a fase complicada do Tricolor no Campeonato Brasileiro, o camisa 10 aposta na reação, após a derrota por 2 a 1 para o Coritiba, na última quinta-feira, no Morumbi.
– A derrota sempre entristece. Não posso falar que não abala. Mas penso que jogamos bem. Se tivéssemos feito o gol primeiro, o jogo seria o outro. O pênalti marcado contra nós não existiu. Mas veio a derrota e a responsabilidade é minha e dos meus companheiros. Agora, o único pensamento é vencer o Bahia e dar o sangue pela torcida do São Paulo, que tem nos apoiado muito – disse.