Da euforia à decepção: veja como lesões atrapalharam Nem no São Paulo

Passados quase nove meses, a euforia se transformou em decepção: com o rompimento de dois ligamentos do joelho direito, o jogador precisará ser operado e não jogará mais futebol em 2017.

As lesões não deram sossego ao camisa 21, que jamais conseguiu ter sequência no Tricolor. Tanto que ele disputou apenas 25 dos 43 jogos que a equipe fez até agora no ano.

O começo de temporada até que foi animador. Após ser um dos destaques da pré-temporada realizada nos Estados Unidos, Nem foi escalado como titular por Rogério Ceni, técnico que iniciou o ano no comando do time, no jogo contra o River Plate, pelo Torneio da Flórida. E correspondeu: com boas arrancadas pelo lado direito, fez boas jogadas e mostrou que poderia ser útil.

Só que na estreia do Campeonato Paulista, contra o Audax, uma lesão muscular na coxa direita tirou Nem de campo ainda no primeiro tempo. Foram quatro semanas de recuperação. Quando voltou, havia perdido sua posição no time titular para Luiz Araújo, que estava encantando com grandes atuações.

Nem teve que começar do zero a brigar por um espaço. Até que no dia 16 de abril entrou como titular no clássico contra o Corinthians, pela semifinal do Campeonato Paulista. Com poucos minutos, nova lesão: uma pancada no joelho esquerdo o tirou de campo. Um exame detectou problema no menisco e a necessidade de uma cirurgia. Foram várias semanas de recuperação.

Quando voltou, o São Paulo não vivia bom momento na temporada. Havia sido eliminado de três competições (Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana) e fazia campanha ruim no Brasileiro. Nem não conseguia mostrar seu verdadeiro futebol. Para piorar, continuou sofrendo com os problemas médicos. Perdeu jogos por causa de uma lombalgia e depois por causa de uma pancada no ombro direito, sofrida na partida contra o Vasco, na semana retrasada, realizada no Morumbi.

No sábado, Nem entrou no segundo tempo do jogo contra o Botafogo e, no lance em que sofreu pênalti, levou a pior na dividida com Carli, que caiu em cima do seu joelho. Mas ele seguiu jogando normalmente até o final da partida. No dia seguinte, reclamou de muitas dores ao médico José Sanchez, que esperou 24 horas para ver a recuperação. Como a situação não melhorou, foi feito um exame de imagem que detectou o rompimento dos ligamentos cruzado e colateral medial do joelho direito. O caso é cirúrgico, com prazo de recuperação estimado entre seis e oito meses.

O futuro do atacante é incerto. Isso porque seu contrato com o time paulista terminará em dezembro, período em que ainda não estará recuperado. Em situações parecidas que ocorreram, o Tricolor renovou o vínculo pelo prazo necessário para que o atleta ficasse apto para voltar a jogar. Resta saber o que vai acontecer nesse caso.