Dorival ignora renovação de Renan e não expõe falhas do goleiro

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

A saída de Renan Ribeiro do time titular do São Paulo foi o tema mais repercutido na coletiva de imprensa de Dorival Júnior, concedida após o treinamento desta sexta-feira. O comandante tricolor garantiu que a decisão tomada não teve relação com o processo de renovação de contrato do goleiro, que tem vínculo com o clube até maio de 2018.

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“Nem passou pela minha cabeça esse tipo de situação. Sei há mais de 30 dias do processo de renovação do Renan e não tomei posição. Não me envolvo. Se eu passar a fazer isso em razão do dia a dia, não teria me capacitado ser treinador de futebol. Não pode misturar”, ressaltou.

“Mexo com seres humanos, não produto. Para mexer com atleta, precisa pensar e analisar muito, porque as reações são as mais diversas possíveis. Nada extracampo me faz tomar a decisão, não seria correto e leal com profissional”, explicou o treinador, que deixou as portas abertas ao retorno de Renan à titularidade.

“Está sendo desenvolvido um trabalho muito sério com todos os goleiros. Fico muito satisfeito com isso, espero que o Sidão seja feliz nessa volta. Não descarto o Renan numa possível volta futura, ele tem que ter tranquilidade numa situação como essa. Pontuei a ele que isso não é o fim do mundo, ele pode repensar e buscar uma melhora futura”, ponderou.

A ida de Renan Ribeiro para o banco de reservas causou um mal-estar até em Dorival, que o lançou ao time profissional do Atlético-MG em 2010. Foi ele quem defendeu a meta tricolor nos oito jogos do treinador até então. Em uma medida de proteção, o comandante preferiu não expor as falhas individuais do arqueiro durante os jogos e treinos que justificaram a sua saída da equipe titular do São Paulo.

“Não é fácil (comunicar a decisão), ainda mais numa condição como essa. Infelizmente você é o portador, não dá para delegar para outra pessoa. É desagradável, mas dentro daquilo que eu observo no futebol seria o momento de observar um novo companheiro”, afirmou, antes de prosseguir.

“Se eu falar (as falas), vou expor, e não faço isso com ninguém. Atacante pode vir de lateral, não atuar no início e, de repente, entrar em outra posição. Com goleiro, é diferente. Foi uma mudança minha, técnica, dentro do que tenho observado. Não quer dizer nada em relação a jogar com os pés, Renan também sabe. É uma decisão em cima do que observei e o que preciso pontuar coloquei ao atleta, que é quem precisa saber os reais motivos”, encerrou.

Com isso, Sidão será o goleiro do São Paulo na partida contra o Avaí, neste domingo, às 16 horas (de Brasília), na Ressacada. O Tricolor, que vem de vitória sobre o Cruzeiro, ocupa o 16º lugar, com 22 pontos e busca se afastar ainda mais da zona de rebaixamento.