Lucas Pastore
Do UOL, em São Paulo
No próximo domingo (27), a Udinese visita a Spal pela segunda rodada do Campeonato Italiano, e Ewandro vive a expectativa de fazer sua estreia nesta edição do torneio. Já em sua segunda temporada na competição, o atacante revelado pelo São Paulo não se esquece do clube, do qual saiu de maneira controversa, e se vira para acompanhar as partidas do time ao vivo e torcer contra o rebaixamento.
Hoje aos 21 anos de idade, Ewandro estreou no time profissional do São Paulo em 2014. Naquela temporada, fez parte da rotação do time com Muricy Ramalho. No ano seguinte, no entanto, foi emprestado para o Atlético-PR em condições pouco convencionais.
O colombiano Juan Carlos Osorio, então técnico do São Paulo, chegou a dizer publicamente que gostaria que jovens jogadores do elenco, como Auro e Ewandro, fossem emprestados, ganhassem minutos em outras equipes e voltassem mais experientes. A condição da cessão do atacante ao Atlético-PR, no entanto, chamou a atenção: dois anos de contrato e valor fixado de compra baixo para os padrões do mercado brasileiro.
Em 2016, com medo de perder Ewandro por um valor baixo, o São Paulo, de diretoria nova, aceitou vendê-lo para a Udinese por três milhões de euros (cerca de R$ 11,1 milhões, na cotação atual). O clube paulista ficou com 75% do valor, além de ter direito a 10% do valor de uma possível futura venda. O restante ficou com o Atlético-PR.
“Não imaginava que fosse acontecer assim. No Atlético-PR, eu podia jogar mais partidas do que no São Paulo, que tinha um elenco fabuloso. Voltar para o clube era minha intenção. Não achei que fosse ser vendido para a Europa”, contou Ewandro, ao UOL Esporte.
A temporada 2017/2018 é a segunda do jogador pela Udinese. Mesmo depois de tanto tempo longe do São Paulo, ele não esquece o clube que o projetou, e se vira para acompanhar as partidas do time.
“Torço a favor, não tenho nada contra. É o clube que abriu as portas para mim. Eu tento acompanhar, comparei um aparelhinho e assisto tudo ao vivo. Estou sempre de olho em tudo”, contou Ewandro, com a convicção de que a equipe não será rebaixada
“É ruim, porque você vê o tamanho do São Paulo. Não era para estar nessa situação. Mas acho que em nove, dez jogos esse time vai dar a volta por cima e se livrar”, projetou.
Enquanto torce para o São Paulo se livrar do rebaixamento, Ewandro batalha para ganhar espaço na rotação da Udinese. Em sua primeira temporada pelo clube, lesionou o quinto metatarso do pé direito e perdeu três meses se recuperando, o que atrasou sua adaptação ao futebol italiano. Assim, disputou apenas cinco jogos, entrando no segundo tempo em todos, e ainda não fez seu primeiro gol pela equipe.
“É um futebol que valoriza bastante a marcação. Demorei um pouco para pegar. Hoje estou adaptado, entendendo e fazendo mais as coisas que o professor manda. Espero ter mais oportunidades nessa temporada”, afirmou.
A Udinese começou o italiano perdendo em casa para o Chievo por 2 a 1, nesse domingo (20), e Ewandro não foi utilizado pelo técnico Luigi Delneri.
Nos esqueça.
E não volte