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Perrone
Acusado de montar um esquema de venda ilegal de ingressos e camarotes para shows no Morumbi, Alan Cimerman contestou sua demissão por justa causa do cargo de gerente de marketing do São Paulo ao homologar a rescisão contratual. Ele também deixou a porta aberta para ir à Justiça do Trabalho para tentar transformar o afastamento em sem justificativa e cobrar direitos como férias e verbas indenizatórias.
”Fica ressalvado que o ex-empregado discorda da dispensa por justa causa ressalvando-lhe o direito de pleitear em juízo a conversão como dispensa sem justa causa mais férias assinadas e não gozadas tais como todas as verbas rescisórias e indenizatórias e ainda quaisquer outras que entender devidas”. Essa é a ressalva que foi anotada na homologação por Fernando Caleghim, homologador responsável.
Procurado, o departamento de comunicação e marketing do São Paulo afirmou que tanto o fato de Cimerman ter assinado a demissão por justa causa como ter contestado a decisão na homologação da rescisão contratual não alteram os motivos que levaram o clube definir sua saída.
O ex-gerente nega a acusação de ter vendido ingressos e espaços inexistentes em camarotes para shows do U2 e de Bruno Mars no estádio tricolor. O São Paulo levou o caso ao DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), que investiga suspeitas de estelionato, apropriação, falsificação de documentos e associação para o crime.