Polícia instaura inquérito para apurar crimes no “Caso U2” no São Paulo

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GloboEsporte.com

Marcelo Prado

Clube tem certeza de que ex-gerente de marketing Alan Cimerman comandou esquema ilegal de venda de ingressos para os shows. Clube analisa o que fazer com quem foi lesado.

A 2ª delegacia do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) começou a coletar nesta semana depoimentos de vítimas que foram prejudicadas no esquema irregular de venda de ingressos para os shows da banda irlandesa U2, marcados para o mês de outubro, no Morumbi. Para a diretoria do São Paulo, o ex-gerente de marketing Alan Cimerman tem participação na irregularidade – ele foi demitido por justa causa.

O que se investiga é que uma empresa teria comprado aproximadamente 2.700 ingressos por um preço bem mais baixo antes mesmo do início da comercialização nas bilheterias. Em seguida, revendeu a outras empresas interessadas por valores muito acima. O dinheiro teria sido depositado nas contas de parentes de Cimerman. Ele nega qualquer irregularidade.

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Morumbi receberá show do U2 em outubro (Foto: Divulgação)

Morumbi receberá show do U2 em outubro (Foto: Divulgação)

Daniel Bialski, advogado do ex-dirigente são-paulino, diz ter documentos que atestam a legalidade dos atos. O São Paulo, porém, afirma possuir comprovantes de depósitos e gravações que mostram a participação dele.

– Para mim, a participação do Alan é nítida. Foi instaurado inquérito e começaram a ser escutadas pessoas que possivelmente foram prejudicadas nessa operação – afirmou Roberto Podval, advogado contratado pela equipe do Morumbi.

O representante do Tricolor afirma que o clube não tem obrigação legal de ressarcir quem perdeu dinheiro na operação, mas o caso está sendo estudado pelos dirigentes, que podem tomar algumas medidas para minimizar o prejuízo de quem só queria comprar o ingresso para o show.