PVC – UOL
Hernanes foi o jogador com maior número de passes errados, contra o Cruzeiro, mas também o mais decisivo. Pelo gol de falta, pelo gol de pênalti e por ser a referência por quem a bola passa quando é necessário pensar. No final do primeiro tempo, com vitória parcial são-paulina, Hernanes deixou claro que o time mudou de estratégia e entregou um pouco mais a posse de bola para o adversário, porque nem sempre está dando certo, quando o São Paulo empurra o rival para seu campo.
Mesmo assim, o São Paulo sofreu o pênalti perdido por Sassá, numa bola enfiada por Rafael Sóbis que pegou a defesa mal postada. Deu sorte da cobrança bater na trave e de fazer 1 x 0, no final de um primeiro tempo em que criou uma única chance, cabeçada de Pratto rente à trave. Levou a virada graças a Sassá, o segundo gol num erro grave de Rodrigo Caio. E virou porque o árbitro deu pênalti duvidoso, que Hernanes converteu.
Hernanes é referência. Apesar dos erros de passes, é quem dá ao elenco atual a noção do que é o São Paulo. Como a torcida também oferece. Pela terceira vez, o Morumbi é palco de recorde de público do Brasileirão, fruto do comprometimento tricolor e em parte do plano de sócios que agora tem privilégio de compra de ingressos para quem vai a todos os jogos. A direção são-paulina não acredita que este seja o motivo, porque o estádio é grande e é relativamente fácil garantir presença. Ou era, porque com o Morumbi sempre cheio, fica mais difícil ir ao jogo grande sem milhagem.
Com a torcida e com Hernanes, o São Paulo venceu por 3 x 2 e saiu da zona de rebaixamento. Sofrido.