Veja como São Paulo quer que jogadores se machuquem menos e joguem melhor

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GloboEsporte.com

Alexandre Lozetti e Marcelo Prado

Após contratar profissional de rival, clube sobe um preparador físico e um fisiologista da base para implantar novos métodos de trabalho no CT da Barra Funda.

Nessas duas próximas semanas em que o Campeonato Brasileiro ficará interrompido em razão da data Fifa, alguns novos processos vão se intensificar no São Paulo. Eles têm a ver com a preparação da equipe no dia a dia e fazem parte do trabalho de Altamiro Bottino, coordenador científico que trabalha no clube desde o início de agosto.

Depois de uma avaliação inicial, mais dois profissionais das categorias de base, em Cotia, foram integrados à comissão técnica da equipe principal, no CT da Barra Funda: o preparador físico Henrique Martins e o fisiologista Renan Dias. Eles iniciaram o trabalho há mais de uma semana.

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O primeiro vai se dedicar quase exclusivamente à área de força, trabalhando muito mais dentro do Reffis, nos aparelhos de musculação, do que no campo, onde Celso Rezende e Pedro Campos atuam. O segundo vai permitir que as informações colhidas durante os treinamentos sejam usadas em tempo real, e não mais apenas no dia seguinte.

Altamiro Bottino, coordenador científico do São Paulo, vai modificar processos no clube (Foto: Juca Pacheco)

Altamiro Bottino, coordenador científico do São Paulo, vai modificar processos no clube (Foto: Juca Pacheco)

Até então, o fisiologista Marco Aurélio Melo ficava no computador colhendo dados passados pelos GPs usados pelos jogadores. Bottino, num processo similar ao que havia feito quando chegou ao Palmeiras, pediu que outro fisiologista fizesse isso para que Melo pudesse passar as informações a Dorival Júnior e seus auxiliares durante os treinos.

Que informações são essas?

A ideia é, cada vez mais, individualizar os processos. A cada jogador será atribuída uma carga a ser alcançada durante a semana, dividida em cada dia. Por exemplo: Fulano terá que atingir nível X na quarta-feira, Y na quinta e Z na sexta.

Em tempo real, a comissão técnica acompanha os dados. Quando ele chegar ao desejado, é hora de retirá-lo do treino. E se a atividade terminar e o jogador ainda não tiver atingido sua meta? Ele terá que fazer um trabalho complementar em seguida, para não ficar abaixo da meta.

É por isso que, nos treinos das últimas semanas, alguns atletas participaram por mais tempo do que outros. Houve quem parasse antes, quem ficasse mais tempo em campo. Tudo faz parte de atingir a marca determinada previamente.

Dorival orienta jogadores em treino do São Paulo (Foto:  Érico Leonan / saopaulofc.net)

Dorival orienta jogadores em treino do São Paulo (Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net)

Também se iniciaram avaliações antes e depois dos treinos, para medir cansaço, força e outros índices importantes para se determinar os trabalhos seguintes. Elas são feitas à base de saltos.

O objetivo de todo esse trabalho, cada vez mais integrado entre todas as áreas da comissão técnica, é preparar melhor cada jogador, reduzindo o risco de lesão e potencializando o seu desempenho para chegar no auge físico e técnico nos dias de jogos.