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Alexandre Alliatti
O jogo contra o Corinthians, domingo, no Morumbi, exigirá muito de Dorival Júnior como treinador do São Paulo. E não apenas por ser contra o líder – nem por ser um clássico, tampouco por ser a oportunidade de finalmente sair da zona de rebaixamento. Acontece que a partida oferecerá ao técnico alguns enigmas a resolver. Os dois principais são:
- Partir ou não para cima, como a tabela exige, mas também como o Corinthians gosta;
- Usar ou não Cueva como titular.
São questões gestadas no triunfo de 2 a 1 sobre o Vitória em Salvador. No primeiro tempo, Dorival optou por Gómez como substituto de Jucilei, suspenso. O time não foi mal. Mas melhorou no segundo tempo, quando o argentino foi substituído por Cueva. O peruano entrou no setor onde estava Gómez, mas fez uma função diferente: mais ofensiva. Deixou o time mais agressivo. E foi o protagonista da vitória ao participar dos dois gols – cobrando escanteio para Militão completar de cabeça e depois fazendo gol olímpico.
A formação do segundo tempo, mais agressiva, seria uma escolha óbvia para o próximo jogo se o adversário não fosse o Corinthians. O rival são-paulino mostrou-se, ao longo do Brasileirão, mais competente contra adversários que decidem propor o jogo. Quando ele precisa ter a bola, passa apuros. Em suas três derrotas no campeonato, o Corinthians teve mais posse do que o adversário. Os algozes foram Vitória, Atlético-GO e Santos.
Como fazer, então? A tabela (o São Paulo é o 17º, com 27 pontos) grita por agressividade, mas o pragmatismo indica um outro caminho. E agora, Dorival?
O retorno de Jucilei pode ajudar a resolver a questão. É natural que ele pegue de volta a vaga que foi de Gómez contra o Vitória. Com isso, reforça-se a marcação – Petros agradece. Mas aí tem outra questão: e Cueva?
O peruano precisa ser titular. O meio-campo do São Paulo começa a apresentar algumas qualidades, como aproximação e capacidade de triangulação. Mas ainda falta verticalidade, falta alguém com arranque, com iniciativa pessoal. E Cueva pode ser essa figura – assim como Marcos Guilherme em um futuro talvez próximo.
E quem sai? Dorival precisará escolher entre Lucas Fernandes e Marcos Guilherme.
O que a tabela reserva
Restam 14 jogos ao São Paulo no Campeonato Brasileiro. E a tabela dá ao Tricolor más notícias, boas notícias e más notícias dentro de boas notícias.
- A má notícia: dos 14 adversários restantes, oito estão entre os dez primeiros no momento (Corinthians, Atlético-MG, Atlético-PR, Flamengo, Santos, Vasco, Grêmio e Botafogo). São, em tese, mais complicados.
- A boa notícia: dos 14 jogos restantes, oito terão o São Paulo como mandante (cinco nos próximos sete).
- A má notícia dentro da boa notícia: desses oito jogos em que será mandante, o São Paulo só jogará três no Morumbi. Os demais serão no Pacaembu – o Morumbi foi reservado para eventos musicais.
Até o fim do campeonato, o São Paulo voltará a viver a experiência do duelo com o Vitória: enfrentar concorrentes diretos contra a queda. São os casos, levando-se em conta a situação atual do campeonato, de Atlético-GO (32ª rodada, fora de casa), Chapecoense (33ª, em casa), Coritiba (penúltima, fora de casa) e Bahia (última, em casa). Se repetir o que fez em Salvador, ficará mais perto da salvação.
Jadson só joga se ficar solto, qualquer marcação peida logo. Coloca o Petros encoxando ele em todo lance que ele amarela.
NoO Rodriguinho coloca o Jucilei fungando no seu cangote e partir para a vitória.
Lembrar ao salsicha para não alisar o Jô do vôlei, e vê se dessa vez não vaga no pau.
Contra o Gambá tem que fechar o meio, principalmente a diagonal de Jadson e Rodriguinho, feito isso tem grande chance de não levar gol.