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Os são-paulinos foram unânimes em afirmar que, apesar da frustração com o empate diante do Corinthians no Morumbi lotado, a atuação da equipe na manhã desse domingo foi a melhor do time desde que Dorival Júnior assumiu o comando do grupo. Na primeira vez com Petros, Hernanes, Cueva, Lucas Fernandes e Marcos Guilherme juntos, o Tricolor não sofreu sem a bola, como poderia se imaginar, e ainda causou muitos problemas para a defesa adversária.
“Acredito que sim (foi a melhor atuação), acredito que a equipe está em uma evolução, mais uma vez comprovou isso, muito bem com a bola, sem a bola. Foi uma partida muito boa da nossa parte”, avaliou Hernanes, que ao lado de Petros, não deixou o jogo no segundo tempo, diferente de seus outros três companheiros de meio-campo.
“(Resultado) injusto. Dominamos por completo o Corinthians. Poucas vezes vi superioridade tão grande. E olha que o São Paulo é time de zona de rebaixamento”, chegou a ironizar Petros, talvez o mais entusiasmado com a apresentação do São Paulo.
“A gente não tem que mostrar mais nada para ninguém. Estou cansado desse extra-campo. A gente trabalha para sair dessa situação. Com certeza foi a melhor atuação do São Paulo. Eu sempre ressalto a torcida, mas vou ressaltar o grupo. Dominamos por completo, triangulação, posse de bola, poucas vezes eu vi o time jogar… Acho que os torcedores lembraram do São Paulo campeão”, afirmou o autor do gol tricolor no Majestoso da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Outro que externou toda sua frustração com o empate depois de uma partida tão bem jogada da equipe foi o técnico Dorival Júnior. O comandante arriscou e, no fim, apesar do resultado, demonstrou interesse e prazer em dar continuidade ao time que início o clássico.
“Primeiro tem que tentar acertar equipe para depois implantar conceito. Estamos tentando fazer isso dentro da competição, o que não é fácil. Sempre procurei jogar dessa maneira. Gosto de equipe agressiva quando não tem posse de bola, como foi praticamente todo o primeiro tempo. No segundo, não foi um pedido nosso, mas pode ter acontecido de dar campo ao Corinthians, até a estratégia dos jogadores, para dar velocidade nos contra-ataques. Mas gosto do estilo, sempre foi assim na minha carreira e espero não mudar”, lembrou Dorival Júnior, que em outros momento, mesmo contragosto, chegou a armar o São Paulo com uma estratégia mais cautelosa.
Diante do líder da competição, o Tricolor Paulista teve mais posse de bola (52% a 48%), acertou o dobro de chutes no alvo (6 a 3) em relação ao seu adversário e só viu Sidão trabalhar pela primeira vez na etapa final. Por isso, o clima de lamentação após o apito final foi tão evidente.
“Tem que ganhar. Para sair disso (luta contra o rebaixamento) tem que ganhar. Trocaria meu gol, a minha atuação e da equipe pela vitória”, chegou a admitir Petros.
O empate, além de frustrante para os mais de 60 mil tricolores que lotaram o Morumbi, não serviu para tirar o São Paulo da zona de rebaixamento. Com 28 pontos, o time foi ultrapassado pelo Vitória, que aplicou 3 a 1 no Atlético-MG, em pleno Independência, e foi empurrado para a 17ª colocação da tabela