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A possível criação de um G9 no Campeonato Brasileiro, que levaria à Copa Libertadores de 2018, está longe de iludir o São Paulo. Na avaliação do técnico Dorival Júnior, há etapas a serem cumpridas antes de projetar um objetivo maior. A primeira e mais urgente delas é a saída da equipe da zona de rebaixamento do torneio nacional.
Para que o G6 vire G9, por exemplo, o Grêmio teria de ser campeão da Libertadores, o Cruzeiro erguer a Copa do Brasil e o Flamengo levantar a taça da Sul-Americana. Ainda assim, essas três equipes teriam de terminar o Brasileirão entre os seis primeiros colocados.
“Neste momento, a nossa preocupação é justamente a parte de baixo da tabela. Claro que queria estar sonhando com outro objetivo, mas temos de ser realistas. O primeiro e grande compromisso esse ano é sair, depois nos afastar e em um terceiro momento pensar em outra situação. Mas agora não temos o direito de pensar nessa situação”, explicou o comandante, em entrevista coletiva, após o treino desta terça-feira.
A 13 rodadas para o término da competição, o Tricolor ocupa o 17º lugar, com 28 pontos, apenas quatro a menos que o nono colocado Vasco. A curta diferença entre os times da parte de baixo da tabela, aliás, é vista como preocupação por Dorival – apenas três pontos separam a décima colocada Chapecoense (31) da Ponte Preta (28), que figura na 18ª posição.
“Não é bom. Quanto mais nos afastemos disso, melhor. A diferença é pouca, e a cada rodada se estreita mais. Por isso que tudo que temos feito saímos com certa frustração de resultados anteriores, porque seria o momento de sair dessas situações. Mas estamos nos aproximando, uma hora vai acontecer”, avaliou.
A situação emergencial da equipe está afetando o planejamento do clube para 2018, inclusive. O treinador são-paulino está à espera de um “refresco” para tocar os detalhes referentes à próxima temporada com a diretoria.
“Temos um problema que é muito mais sério e a curto prazo. Não temos o mínimo direito de pensar à frente. De repente o planejamento não deva ser tão quebrado para o ano seguinte em razão de muitas situações já terem sido adiantadas, e o restante no momento em que tenhamos um refresco dentro da competição, o que espero que aconteça em um momento ou outro”, projetou.
Esse “refresco” pode vir no próximo domingo, quando o São Paulo encara o Sport, no Morumbi, em confronto que envolve duas equipes brigando contra a degola. Uma vitória sobre os pernambucanos tira o Tricolor da zona de rebaixamento, o que não a torna uma obrigação.
“Obrigação é em todos os jogos. Fizemos de tudo para vencer o Corinthians. Logicamente que o empate foi importante, mas merecíamos vencer até pelo nosso segundo gol (invalidado). Temos consciência da importância da partida contra o Sport e espero que possamos fazer o necessário para vencer”, encerrou Dorival.