Estadão
Jogadores e comissão técnica estão satisfeitos com a suspensão temporária das entrevistas coletivas diárias no São Paulo, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Poucos atletas falaram sobre a preparação do time para o jogo contra o Vitória e a fórmula se repete nesta semana de clássico com o Corinthians.
“Precisamos falar menos e jogar mais”, avaliou o atacante Marcos Guilherme, na terça-feira. Ele, Hernanes e Petros foram os únicos que falaram com a imprensa nos últimos dias. “É uma semana importantíssima, que mexe com a cabeça de todos. Vamos nos manter concentrados”.
O “silêncio” foi adotado no Centro de Treinamento do São Paulo na semana passada, após o empate por 2 a 2 com a Ponte Preta. Depois do jogo, Cueva ironizou um comentário de Rodrigo Caio, feito durante uma coletiva dias antes – o que despertou uma crise interna no grupo, já resolvida.
O técnico Dorival Junior explicou que a suspensão das entrevistas não foi imposto ao time pela diretoria, como uma “lei do silêncio”. “Temos que falar o mínimo e trabalharmos o máximo que pudermos. Essa é a frase que representa bem o momento que passamos.”
Além do silêncio, os treinos do São Paulo estão acontecendo com portões fechados. O time liberou imagens apenas do aquecimento dos atletas, durante 15 minutos na quarta e nesta quinta-feira, reforçando o mistério sobre as estratégias de Dorival para segurar o líder do Brasileirão.
Dorival terá praticamente todo o elenco à disposição para o clássico. Edimar e Jucilei retornam de suspensão e Bruno e Araruna estão recuperados de lesão. O principal mistério no time titular é no meio campo, onde Cueva, Gómez e Jucilei brigam por uma vaga.