Pinotti explica silêncio no São Paulo: “Sem algo novo, melhor não falar”

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

Vinicius Pinotti não garantiu reunião do São Paulo com membros de torcidas organizadas (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Numa tentativa de blindar o elenco e amenizar o clima ruim pelos lados do Morumbi, o São Paulo definiu que não haverá mais entrevistas coletivas de jogadores nesta semana. De acordo com Vinicius Pinotti, diretor-executivo de futebol, a medida não partiu da cúpula tricolor, mas pode virar tendência no clube.

A decisão ocorre dias depois do atrito verbal entre Rodrigo Caio e Christian Cueva, que se desentenderam em declarações públicas na semana passada. Na última quinta-feira, o zagueiro disse que o meia “tem de se ajudar” para recuperar o bom futebol. A resposta veio depois do empate com a Ponte Preta, sábado, no Morumbi: “Pergunta para o Rodrigo Caio”, disse rapidamente aos jornalistas, em resposta às palavras do companheiro.

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Nesta segunda-feira, o peruano foi à sala de imprensa do CT da Barra Funda para aparar as arestas e pedir desculpas a Rodrigo Caio. Pouco depois, o clube informou que não haveria coletivas de imprensa até sexta-feira, quando Dorival Júnior concederá entrevista na antevéspera do confronto com o Vitória, em Salvador.

Pinotti, no entanto, contrariou a programação e falou após o treino desta terça-feira. “Ninguém impôs nada. Não tem questão de silêncio. Simplesmente é que às vezes quando não há algo novo a falar, é melhor não falar. Só isso, mas a diretoria não impôs nada. Talvez um formato um pouco diferente para o futuro”, explicou.

Indagado acerca da pressão interna e externa sobre si, o diretor se disse acostumado a críticas e negou qualquer problema com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. A defesa ocorre no momento em que conselheiros da oposição questionam sua gestão à frente do departamento de futebol, pelo risco de rebaixamento do time no Campeonato Brasileiro. Há vozes no Morumbi que pedem a contratação de um coordenador técnico, cargo visto como desnecessário por Pinotti.

“Pressão faz parte da vida, não tem problema. Sei muito bem conviver com democracia e opiniões divergentes. Realmente não me afeta, tenho confiança no trabalho que está sendo desenvolvido no CT, não só no meu. O relacionamento com o Leco é o melhor possível, de extrema confiança. Aqui tudo é definido em conjunto, não existe uma única figura que toma decisão sozinha”, encerrou o dirigente.

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