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No último dia 13 de setembro, a Dragões da Real se juntou à Independente e a representantes dos sócios-torcedores para uma reunião no CT com diretoria (incluindo Leco e Raí), comissão técnica e jogadores do SPFC. Foi uma reunião séria, de cobrança, mas tranquila.
André Azevedo, presidente da Dragões, conta como foi a reunião e o que esperar para os próximos meses:
Qual o clima que você particularmente encontrou nesta reunião no CT?
O clima da reunião foi tranquilo, pois foi um encontro combinado com todas as partes — diretoria, comissão técnica, jogadores, torcidas organizadas e outros setores de torcedores. Vários assuntos foram tratados enfatizando o lado emocional do elenco, pois sabemos que o time pode até não ser capacitado para ser campeão, mas também não é para estar aonde está agora. O problema aí não é falta de material humano. Tentamos levar a coisa pro lado mais emocional pra ver se eles acordam.
Qual a posição oficial da Dragões em relação a essa crise do SPFC? Apoiar até o fim independentemente de quaisquer problemas?
A posição da Dragões é sempre apoiar até o fim. Fizemos uma pesquisa sobre os comportamentos de torcidas de times grandes que passaram por situações parecidas e ninguém fez o que a torcida do SPFC está fazendo. A gente entende que o que está ruim agora pode piorar muito se a linha de raciocínio for outra, se não apoiar. Sabemos que tem muita coisa errada, mas se for protestar com vigor agora, a coisa vai desandar de vez. Temos certeza que o SPFC não vai cair e que terá todo o apoio da torcida.
Em vista da atual situação e até da reunião no CT, o que você acha que precisa acontecer para o SPFC sair dessa situação? Técnico, jogadores?
Na reunião, os jogadores disseram que estão se doando, estão correndo, mas nós rebatemos: “Então façam um pouco mais”. O problema ali não é material humano, temos jogadores qualificados, mas eles precisam se doar 110% e serem mais confiantes, pois é evidente que a confiança deles está muito abalada. Durante a reunião, falamos muito em vontade, coragem, confiança, tem que “comer grama” pra mudar essa situação. Pedir “qualidade” pra Hernanes, Pratto, Petros ou Jucilei é chover no molhado, o problema do elenco é emocional mesmo.
Você como torcedor, como é o sofrimento com essa situação do time? Como você vê isso no rosto dos associados da torcida quando vai ao estádio?
Essa situação é nova para o torcedor são-paulino e está trazendo um sofrimento incomparável, não estamos acostumados a isso. Pra mim, se o SPFC cair vai ser como se alguém de minha família morresse – aliás, vai ser como se eu mesmo morresse um pouco. Não concordo e não compactuo com quem diz que tem que cair pra mudar, pra se reinventar. Não tem que cair pra nada, não! Estamos falando do São Paulo FC!
As organizadas do SPFC estão fazendo história com esse apoio na pior crise do clube, inclusive com uma média de público que é o dobro que outros times grandes tiveram quando passaram por isso. Você crê que no futuro vamos lembrar de 2017 como “o ano em que a torcida do SPFC abraçou o time e o tirou do fundo do poço?”
O SPFC tem uma história muito rica e agora é a hora da torcida escrever a história dela. A imprensa já mostrou isso várias vezes: nenhum outro clube na mesma situação levou tanta torcida ao estádio. Tem time aí que se diz “grande”, mas foi abandonado pela torcida quando esteve na mesma situação. Nós estamos fazendo o contário! Vamos carregar o time até o final para mudar o rumo dessa história.
Relembre o treino de 26/8/2017, um sábado pela manhã, no Morumbi:
isso eh conversa fiada…o clima no morumbi lotado eh de total ansiedade e nervosismo, os jogadores carregam um fardo enorme, a defesa falha sempre, o goleiro tb, o ultimo toque ateh o gol eh torto…o emocional tb está presente nas arquibancadas e se nos fizessemos o que esse prego está pedindo pros jogadores, aih sim contribuiria.