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Tricolor terá sete dias de treinos para se preparar de olho no Atlético-MG
Por Marcelo Prado, São Paulo
Os três pontos conquistados diante do Sport serviram para tirar o São Paulo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro após 13 rodadas. É claro que ainda falta muito para o time se sentir seguro, mas existem pontos a se comemorar.
O primeiro deles: o Tricolor chegou a quatro jogos de invencibilidade no Brasileirão. Trata-se do maior período sem derrotas na competição.
Além disso, após dez partidas, a equipe finalmente saiu de campo comemorando o fato de não ter sido vazada. Isso não acontecia desde a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, no dia 19 de julho, no Morumbi. Mas vale uma ressalva: com Dorival Júnior, a média de gols sofridos aumentou: de um por jogo (11 gols em 11 jogos), subiu para 1,64 (23 gols em 14 partidas).
Destacamos a seguir algumas mudanças no período com Dorival:
Troca de peças
Da base que era escalada por Rogério Ceni, apenas quatro jogadores seguem na equipe titular: Rodrigo Caio, Petros, Cueva e Lucas Pratto.
- No gol, Sidão ocupou a vaga de Renan Ribeiro;
- Na lateral direita, Militão, mesmo improvisado, deixou Bruno e Buffarini para trás. Na esquerda, Edimar atuou a maioria dos jogos no lugar que era de Júnior Tavares;
- Na zaga, o equatoriano Arboleda chegou após a saída do ex-técnico e virou intocável;
- No meio de campo, Jucilei, titular inquestionável com Ceni, perdeu espaço. Tanto que a diretoria também mudou de atitude e, se antes falava em arrumar uma maneira de adquirir o jogador em definitivo, agora admite que sua permanência é improvável. Lucas Fernandes, xodó de Dorival, virou titular.
- No ataque, Marcinho caiu de rendimento e viu Marcos Guilherme, outro que chegou após a demissão de Ceni, assumir um lugar no time.
Novo esquema tático
Assim que assumiu o comando do São Paulo, Dorival manteve a formação tática que vinha sendo utilizada (4-2-3-1). Porém, como as coisas não deram certo, aos poucos ele foi aproveitando os treinamentos para testar o 4-1-4-1.
Na primeira linha, após testar Bruno e Buffarini sem sucesso, o treinador achou o bom rendimento no setor com a presença de Éder Militão. Nos primeiros jogos do novo esquema, Jucilei foi o volante da proteção, enquanto Petros atuava na segunda linha de quatro. Insatisfeito, Dorival barrou Jucilei e recuou Petros.
Na segunda linha, Jonatan Gómez atuou nos primeiros jogos como titular, mas depois viu Lucas Fernandes ganhar espaço.
Descontente com Cueva, o treinador chegou a barrar o peruano nos jogos contra Ponte Preta e Vitória. O camisa 10 entendeu o recado e, desde que voltou a ser utilizado, mudou a postura. Além de melhorar a criatividade no meio, ele ajuda na marcação com desarmes.
Postura mais aguerrida
Após fracassar nas primeiras partidas, Dorival detectou um problema no elenco: seria preciso que todos mudassem de comportamento nos treinos e jogos para o time conseguir reagir. Os trabalhos diários no CT da Barra Funda passaram a ser mais pegados. Os atletas se cobram mais. Peças que pouco contribuíam na marcação, como Cueva, agora fazem desarmes e até dão carrinhos.
Saída de quem não rendia
Rogério Ceni fez o que pôde e conseguiu convencer a diretoria a contratar o meia Cícero, que estava no Fluminense. Assim que Dorival chegou, não gostou da postura do jogador nos treinos. Em conjunto com a diretoria, decidiu afastá-lo. Além disso, os dirigentes também resolveram rescindir o contrato do volante Wesley, outro que era frequentemente utilizado por Ceni.
O que falta acertar?
A sensação de alívio é momentânea. Dorival agora terá sete dias de treino para arrumar o time que encara o Atlético-MG, no dia 11, em Belo Horizonte.
Um dos pontos a acertar é o papel de Lucas Pratto no time. O atacante não faz gol desde o dia 19 de julho. São dez partidas de jejum. Chama a atenção como ele tem jogado muito fora da área para cumprir a função tática pedida pelo treinador.
Além disso, é preciso que os laterais participem mais do jogo ofensivamente. Militão vai bem na defesa, mas pouco aparece à frente. Na esquerda, a situação só melhora um pouco quando Júnior Tavares atua, pois Edimar sobe vai até a linha de fundo.
Nesse jogo em Minas temos que pontuar, lembrando que eles melhoram com a vinda do novo técnico.
Uma derrota dependendo de outros resultados podemos voltar ao z4 mas espero que pelo menos a gente empate e quem sabe com um gol do Pratto.